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Jornalista mato-grossense nos EUA relata tensão com chegada do furacão Irma: "mudou de rota várias vezes"

12 Set 2017 - 10:38

Da Redação - Vinicius Mendes/Wesley Santiago

Foto: Reprodução

Jornalista mato-grossense nos EUA relata tensão com chegada do furacão Irma:
A jornalista mato-grossense, Carla Rocha, estava nos Estados Unidos no momento em que o furacão Irma chegou ao país. Uma das cidades atingidas foi Miami e é de lá que ela voltaria para o Brasil nesta segunda-feira (11), mas com a chegada do furacão sua viagem teve que ser adiada. No momento, Carla ainda está na Flórida, na cidade de Orlando, aguardando a liberação dos aeroportos para poder voltar ao Brasil.


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Carla foi passar suas férias na América do Norte com os amigos no início do mês. Eles chegaram na cidade de Miami, no litoral do estado da Flórida, e ficaram por lá quatro dias. De lá seguiram para Orlando, no mesmo Estado e pretendiam ficar de três a quatro dias antes de seguirem para Nova Iorque. Quando chegaram em Orlando, Carla e os amigos começaram a ouvir as notícias sobre o furacão.

“Antes de sairmos de Miami a previsão não era assim tão catastrófica, de que o furacão pudesse atingir a cidade. O que ouvimos é que talvez pudesse chegar chuva forte lá, este tipo de coisa, mas como iríamos para Orlando ficamos mais tranqüilos. O problema foi que quando chegamos em Orlando começou a notícia de que ele iria sim atingir Miami, aí começamos a ficar mais preocupados”.

O vôo de Carla para Nova Iorque sairia de Miami. Ela e os amigos alugaram um carro e partiram de Miami para Orlando. Eles retornariam para a cidade litorânea ainda de carro e de lá iriam para Nova Iorque. O retorno de Carla para o Brasil também seria por Miami.

Com a notícia da chegada do furacão, Carla e os amigos decidiram ficar por Orlando, e de lá tentarem voltar para o Brasil, mas os aeroportos da Flórida foram fechados.

“Nossa intenção era já não voltar mais pra Miami, porque mesmo que o vôo saísse de lá a gente já ia tentar com a companhias aéreas para voltar de Orlando para o Brasil. Estávamos decididos até a cancelar o vôo para Nova Iorque se a gente não conseguisse, já pensávamos em nem ir para lá e antecipar o retorno para o Brasil, mas aí a gente não conseguiu. O governador da Flórida fechou todos os aeroportos e eles já transferiram todos os vôos. Eu iria voltar no dia 11, agora só vou voltar no dia 14, isso se tudo correr bem, se nada acontecer nos aeroportos”, explicou a jornalista.

O furacão chegou à Flórida na madrugada de segunda-feira (11), ficando algumas horas no Estado. A orientação do governador da Flórida foi para que a cidade de Miami fosse evacuada. A jornalista contou que houve chuva e vento forte, mas não presenciou nada porque permaneceu em um lugar seguro.

“O furacão mudou de rota várias vezes. Ele desviou de Miami e estava vindo para Orlando, e aí a gente entrou um pouco em pânico. Nós estamos em um hotel seguro, com gerador de energia, mas ia acontecer muita destruição na cidade. Aí para nós a orientação é ficar em casa, comprar comida e água, não ficar andando pelas ruas, inclusive tem o toque de recolher a partir das 7h da noite, e quem sai vai preso. Tem que obedecer, pra rua ficar livre para os casos de emergência”, disse Carla.

A jornalista disse que também pensou em seguir para o norte, de carro, mas grandes filas de carro de formaram nas estradas da Flóridas. Ela contou que se surpreendeu com a forma como os americanos lidaram com a situação.

“Em momento algum deixaram a gente em pânico, todos sabem como lidar, como orientar, e eu achei isso muito bom. E em momento algum o preço da água aumento porque iria faltar, a gasolina também não aumentou mesmo com a possibilidade de faltar, ninguém quis se aproveitar de ninguém com este desastre, todas as pessoas se comportando muito bem, são muito solidários”, disse.

Depois de passar por Miami o furacão seguiu mais para a costa oeste do Estado, para a cidade de tampa. Diversas cidade do Caribe foram devastadas pela passagem do furacão Irma. Outro furacão ameaça chegar à costa norte-americana e a ilhas na América Central. O furacão José se fortaleceu na última sexta-feira (8), passando para a categoria 4 (a máxima é a 5), depois que seus ventos atingiram 240 km/h nas águas do Oceano Atlântico.

Furacão Irma
 
Irma, que chegou a ser um furacão de categoria 5, a mais alta da escala Saffir-Simpson, foi reduzido no domingo (10) à categoria 3, com ventos de 195 km/h, e às 18 horas (horário de Brasília) para a categoria 2.
 
O furacão Irma deixou outros 28 mortos nas ilhas do Caribe, com registros nas partes francesa e holandesa de Saint Martin, nas Ilhas Virgens americanas, nas Ilhas Virgens britânicas e no arquipélago de Anguilla, em Porto Rico e em Barbuda.
 
Em Saint Martin e Saint Bartolomeu, as equipes de emergência trabalham contra o tempo para ajudar os traumatizados habitantes antes da chegada de outro poderoso furacão, de categoria 4, José, que também deve atingir a região. Em Cuba, a destruição ao longo da costa norte central foi semelhante à sofrida por outras ilhas do Caribe durante a semana.
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