As eleições para a ocupação do cargo de diretor financeiro da Unimed Cuiabá, após a renúncia de Hudson Marcelo da Costa do cargo por causa de acusações de acúmulo de funções, deve ocorrer apenas daqui a três meses. O voto de Hudson no Conselho será dado pela Diretoria de Mercado. Outros diretores também acusados permanecem em seus cargos.

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Arlan Azevedo Ferreira, Eloar Vicenzi, Hudson Marcelo da Costa e o presidente da Federação das Unimeds do Estado de Mato Grosso, o coronel da Polícia Militar Erleno Pereira de Aquino, são acusados, por uma denúncia protocolada no mês de julho, de acúmulo de funções.

Os servidores possuem vínculos empregatícios com o Estado, o que infringe a Lei Complementar Estadual nº 4, de 1990, que estabelece a proibição aos servidores estaduais “participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer comércio e, nessa qualidade, transacionar com o Estado”.

No início de setembro a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tinha dado um prazo de 48 horas para que os cinco diretores acusados de acúmulo de função entregassem seus cargos. Por decisão pessoal, Hudson achou melhor se afastar do cargo. No último dia 4 de setembro foi assinado pelo Dr. Rubens Carlos de Oliveira Júnior, presidente do Conselho de Administração da Unimed Cuiabá, o edital de convocação para as eleições do cargo que era ocupado por Hudson.

Enquanto o cargo de diretor financeiro não é ocupado, suas funções no conselho diretor ficarão de responsabilidade da Diretoria de Mercado da Unimed Cuiabá. A assessoria não quis revelar o nome do responsável, para não envolvê-lo na polêmica.
De acordo com a assessoria da Unimed Cuiabá, apenas Hudson optou por entregar seu cargo, já que a decisão da ANS não era determinante. Os outros acusados permanecem em seus cargos enquanto apresentam suas defesas.

Até o momento a ANS se manifestou apenas por meio de uma nota à imprensa dizendo que os administradores não atendem a alguns requisitos estipulados.

Leia a nota na íntegra:
 
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) esclarece que alguns dos administradores da Unimed Cuiabá não atendem aos requisitos estipulados pela Resolução Normativa nº 311. Por essa razão, a operadora foi comunicada que teria que substituir esses dirigentes que se encontram em situação irregular. A operadora apresentou impugnação, o que está em análise.

A ANS ressalta que a eventual alteração dos administradores não implica em descontinuidade de atendimento aos beneficiários da Unimed Cuiabá, que têm seus direitos preservados.