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Parada Gay desfila pelas principais avenidas de Cuiabá por cidadania e Estado laico; veja fotos e vídeos

22 Set 2017 - 15:43

Da Redação - Vinicius Mendes / Da Reportagem Local - Fabiana Mendes

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Parada Gay desfila pelas principais avenidas de Cuiabá por cidadania e Estado laico;   veja fotos e vídeos
Aconteceu nesta sexta-feira (22) a 15ª Parada da Diversidade Sexual de Cuiabá. Lutando pela premissa ‘Estado Laico e Cidadania – direito de todas e todos’, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, trangêneros, queer (pessoas que não seguem o modelo de heterossexualidade) e apoiadores da causa se reuniram na Praça Ipiranga, em Cuiabá e marcharam pela cidade rumo à orla do Porto.


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O trajeto informado pelos organizadores da Parada foi com saída da Praça Ipiranga, seguindo pela Avenida Tenente Coronel Duarte, no sentido ao Porto, seguindo depois pela Avenida 15 de Novembro até a praça do Porto, para parar então na Orla do Porto.  Acesso a Rua 13 de Junho bloqueado na Av Generoso Ponce devido a concentração da Parada da diversidade LGBT.

A estimativa dos organizadores é de que 30 mil pessoas se reúnam na Orla do Porto. No local ainda será realizado um show da funkeira Ludmilla. Nenhum vereador ou deputado marcou presença no evento.



A coordenadora do grupo Mães Pela Diversidade, Josiane Marconi, é mãe de uma jovem lésbica. Ela contou que sua filha sofria preconceito desde a escola.

"A minha filha estudava em um colégio daqui, muito conceituado, e lá ela sofreu bullying. Por causa disso ela teve que mudar de escola. Os colegas de turma faziam grupos de estudo e nunca a incluíam. Eu não fui na escola porque ela só me contou isso muito tempo depois. E ela é muito discreta, ela sabe que se eu fosse lá eu iria reclamar", disse Josiane.

Josiane também mandou uma mensagem às famílias que têm pessoas LGBT. Ela afirma que o apoio dos familiares é necessário.

"Eu quero falar que as famílias precisam sair do armário, porque os filhos precisam do apoio da família. Os filhos que são lgbt continuam a mesma pessoa, só tem a maneira de amar diferente. Um dos nossos lemas é, tire seu preconceito do caminho que nós vamos passar com nosso amor"

Um dos organizadores da Parada, Joarez França, da Associação Mato-grossense dos Estudantes, estima que 8 mil pessoas saiam da praça para a passeata até a Orla do Porto. O evento será encerrado às 23h e contará com show também de artistas regionais.



"A nossa estimativa de público é que a gente saia para a caminhada à Orla do Porto, com mais de 8 mil pessoas, finalizando às 23h, com mais de 30 mil pessoas com show nacional da cantora ludmilla. Este ano são 15 anos de Parada, por estado laico e cidadania. Trouxemos este show nacional, porque a parada, além de ser um ato político é um ato cultural, com apresentações de lgbts do nosso estado também, como a Drag Sarah Mitch, que parcitipou do programa amor e sexo, a noite teremos bandas sertanejas também, todos artistas regionais", afirmou Joarez.



A travesti Adriana, de 33 anos, é amiga de Tabata Brandão, a travesti que foi encontrada morta no último dia 25 de junho em Rondonópolis. Ela contou que conhecia Tabata já há oito anos.

"Tinha um vínculo muito forte entre a gente. O assassinato dela foi em um fim de semana. Nós saímos pra rua, aí mais tarde ela ficou e eu fui embora para casa. Aí a menina, dona da casa, perguntou se tinha alguém faltando no meu quarto, e eu falei da Tabata. Aí ela falou que tinha uma pessoa caída na rua, e fomos ver, o dia já estava clareando, e quem estava caída era a tabatha, que foi assassinada".

O representante do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário, o servidor da Justiça do Trabalho, Amarildo Bezerra da Silva, compareceu ao evento para apoiar a causa.

"O sindicato me indicou para vir representar o Núcleo de Diversidade e Inclusão. Porque nós estamos também combatento enfrentamentos com problema de homofobia dentro do Poder Judiciário, e nós também temos o nosso papel social de dar um empoderamento para os trabalhadores e trabalhadoras lgbt que sofrem discriminação no ambiente de trabalho, e para quem é trangênero, que não conseguem ter acesso a emprego", disse o servidor.

 

 

Atualizada às 16h50.
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