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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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apreensão total

Prisão de secretários torna pesado ambiente no Palácio Paiaguás; silêncio prevalece

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Poucos servidores e silêncio absoluto nos corredores do Palácio Paiaguás

Poucos servidores e silêncio absoluto nos corredores do Palácio Paiaguás

Corredores quase vazios, praticamente ninguém disposto a falar e, no semblante dos poucos servidores, claramente percebia-se um ambiente pesado, quase opressivo, desde as primeiras horas desta quarta-feira (27), no Palácio Paiaguás, sede do governo de Mato Grosso, no Centro Político e Administrativo (CPA). “Já servi a vários governos e nunca vi isso. As pessoas têm medo até de conversar”, observou um servidor de carreira da Casa Civil, há aproximadamente 35 anos no serviço público, quase todo dentro do Paiaguás.

 
Somente o secretário do Gabinete de Comunicação, jornalista Kleber Lima, e o procurador geral Rogério Gallo, titular da Procuradoria Geral do Estado (PGE), responsáveis pelo estudo da decisão do desembargador Orlando Almeida Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), para a elaboração de uma nota à imprensa, estavam acessíveis. São 179 páginas do despacho de Perri sob análise técnica dos assessores do primeiro escalão do Poder Executivo.

Leia nais:
- Orlando Perri decreta operação sem ouvir MP, coloca promotores sob suspeita e acusa órgão de morosidade

- Defesas de secretários de Estado e militares presos ainda não se manifestaram
 
Num primeiro momento, chegou-se a cogitar uma entrevista coletiva do governador José Pedro Taques (PSDB), prontamente desmentida pelo Gabinete de Comunicação. Kleber Lima explicou que o governo de Mato Grosso vai se manifestar sobre o tema somente através de nota, veiculada no portal oficial www.mt.gov.br.

Outro condômino do Palácio Paiaguás, o secretário José Adolpho Avelino Vieira, da Casa Civil, também optou pelo silêncio. Existem rumores de que outros secretários de Estado – do governo Taques – estariam correndo risco de prisão.
 
“Trabalho aqui há mais de 25 anos e nunca vi isso. Para a maioria dos servidores não está claro o que vem ocorrendo e muitos imaginam haver perseguição contra o governador”, observou outro servidor, que há décadas trabalha no governo, majoritariamente no Palácio Paiaguás, em resposta à abordagem da reportagem do Olhar Direto.
 
O expediente normal nos órgãos públicos começa às 13 horas. Em março deste ano, o governador Pedro Taques prorrogou os efeitos do decreto 694/2016, mantendo o horário excepcional.
 
Desta forma, para os servidores públicos estaduais que atuam em regime de 40 horas semanais, as atividades começam às 13h e se encerram às 19 horas. Para os profissionais que contam com jornada de trabalho de 30 horas, o expediente continua das 13 horas às 17h30.
 
Somente alguns serviços essenciais de atendimento à população, como saúde, educação, segurança e fiscalização serão mantidos em sua integralidade.

Todos os presos tiveram ou têm ligação com a gestão Pedro Taques.
 
Os presos
 
Na Operação Esdras, por determinação do desembargador Orlando Perri, foram presos os secretários de Estado de Segurança Pública, delegado Rogers Jarbas; e de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira Júnior; os ex-secretários da Casa Civil, Paulo Zamar Taques; e da Casa Militar, coronel Evandro Alexandre Lesco e Helen Christy Carvalho Dias Lesco, sua mulher; o sargento PM João Ricardo Soler e empresário José Marilson, proprietário de postos de revenda de combustíveis.

Na decisão de Perri, todos foram presos por suspeita de participação na operacionalização de escutas telefônicas clandestinas, no quartel do Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso.
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