Em meio às discussões sobre o congelamento de repasses aos Poderes, por meio da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), e de inúmeros mandados de prisão, de busca e apreensão e pedidos de afastamento contra secretários de Estado de Mato Grosso, o governador Pedro Taques (PSDB) convocou uma reunião de emergência, na noite desta quarta-feira (27), com os presidentes do Tribunal de Justiça, Rui Ramos, e da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), para discutir a crise entre as instituições.

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“Foi para discutir a união entre os Poderes, porque não pode haver esse tensionamento, essa ideia de que há briga entre os Poderes. A reunião ontem deixou isso bem claro. São questões diferenciadas, questões administrativas, que estão acima dessas questões individualizadas e isso ficou bem claro ontem nessa reunião. Foi pacificado, não existe nenhum clima de tensão entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”, afiançou o presidente do Legislativo.

Todavia, apesar da afirmação de Botelho, de que não há crise, conforme apurou a reportagem do Olhar Direto, uma nova reunião está sendo realizada na manhã desta quinta-feira (28), depois que a juíza Celia Regina Vidotti determinou o afastamento de mais um membro do staff de Pedro Taques.

Na última quarta, na Operação Esdras, por determinação do desembargador Orlando Perri, foram presos os secretários de Estado de Segurança Pública, delegado Rogers Jarbas – que já estava afastado do cargo; e de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira Júnior; e os ex-secretários da Casa Civil, Paulo Zamar Taques; e da Casa Militar, coronel Evandro Alexandre Lesco. Nesta quinta, foi a vez do secretário de Comunicação, Kleber Lima, ter seu afastamento determinado pela Justiça.

“Evidentemente, logico que dá um impacto, mas nada que vá atrapalhar o Governo em si. Mesmo porque, o cérebro do Governo é a área econômica e ela não foi atingida”, minimizou Botelho.