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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Familiares, amigos e figuras da comunicação de MT destacam estilo solidário e perspicaz de Jê Fernandes

Foto: Elisana Sartori/ RDM

Familiares, amigos e figuras da comunicação de MT destacam estilo solidário e perspicaz de Jê Fernandes
Amigos, familiares, figuras transversais da comunicação, da política e da sociedade mato-grossense compareceram ao velório do jornalista Gonçalo José Fernandes, o Jê Fernandes, na sala das Tulipas, na Capela Jardins – área central de Cuiabá, nesta terça-feira (24) e madrugada de quarta-feira (25). Paixão pela família, perspicácia profissional, afabilidade e estilo solidário foram as qualidades mais destacadas do jornalista.

 
Profissionais conceituados, como  Roberto França, Antero Paes de Barros e Nelson Serverino, foram levar as condilências à família. “Temos uma história de confiabilidade e confidência que vem desde 1976”, destacou o jornalista e professor de educação física Nelson Severino, autor do livro Folclore do futebol de Mato Grosso, que teve o incentivo do velho amigo.  

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É um lugar comum, quando é grande o mérito, o reconhecimento e a estima da pessoa, dizer que a capela Jardins foi pequena para acolher todos os que se quiseram estar presentes, no último adeus a Fernandes.
 
O secretário de Estado de Comunicação, jornalista Kleber Lima, manifestou o seu pesar em nota. “Jê Fernandes foi um ícone do jornalismo em Mato Grosso. Com seu carisma e irreverência, atuou de forma aguerrida na busca pela informação de forma ética e responsável. Contribuiu também na formação de muitos jornalistas que atuaram ao seu lado e puderam absorver um pouco seu conhecimento”, afirmou Kleber Lima.

Amigo de longa data, o secretário de Comunicação de Várzea Grande, jornalista Marcos Lemos, enfatizou a perspicácia de Jê na busca por novos projetos e pela vontade de estar à frente do noticiário. “Ele era amigo dos amigos, buscava a notícia e sempre tentava ajudar quem estava em início de carreira”, ponderou Marcão Lemos.


Ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso, Antônio Peres Pacheco lembrou que Jê Fernandes foi o seu primeiro editor, no extinto ‘Jornal do Dia’, de Benedito Alves Ferraz. “Eu era muito jovem e não conhecia ninguém em Cuiabá. Jê foi basante afável comigo; foi muito banaca, mesmo”, disse Peres Pacheco, antes de deixar o velório.
 
Outro que começou com Jê Fernandes foi o bacharel em direito e apresentador João Oliveira, do Programa Variedades (TV Brasil Oeste).  “Ele me deu oportunidade como colunista social no jornal Correio Varzeagrandense. A sede era na mesma avenida do Pronto Socorro de Várzea Grande e sempre me incentivava a buscar furo de reportagem ou informações exclusivas para a coluna”, sintetizou João Oliveira, que lembra até o nome da coluna – Ponto por Ponto.  
 
Sua cunhada e comadre Rosângela Ito recordou o carinho de mais de 45 anos de convivência, com Jê e sua irmã Natércia Fernandes, a professora Nati. “Ele era padrinho da minha filha Rose. No carnaval, se fantasiava de palhaço  e amava dar medo na Rose, quando era criança”, citou Rosângela Ito.
 
Prima da professora  Nati, Lúcia Maria Taques preferiu recordar o estilo brincalhão de Jê Fernandes. “Fazia piada de tudo e tinha uma imagem bastante alto astral”, sintetizou Lúcia Taques.
 
Sua esposa Natércia Fernandes, a quem chamava carinhosamente de Cutinquinha, e o filho Thiago Neruda Fernandes não saíram da lateral do caixão.  Como a barba, uma de suas marcas nos últimos 50 anos, foi raspada, a família pediu que não fossem registradas imagens, para que sempre fosse lembrado como era em vida. A reportagem do Olhar Direto respeitou tal pedido.
 
Ajudada por Jê nos tempos em que trabalhava na TV Rondon (SBT), a aposentada Terezinha Gonçalves Araújo, 68 anos,  fez questão ao velório, mesmo  combalida por doença que a manteve internada, na semana passada. “Minha filha é formada [em Serviço Social] e foi graças à luta dele que conseguiu uma permuta, com a TV”, lembrou  dona Terezinha.
 
A professora aposentada Janeti Griggi, que deixou Cuiabá há anos para viver no Rio de Janeiro, também veio dar o último adeus ao velho amigo. “Era muito humano e justo. Sempre brincalhão e de bem com a vida”, testemulho Janeti Griggi, prima de Natércia Fernandes.
 
Legado de profissionalismo
 
Jê Fernandes foi fundador do Jornal do Ônibus, da Rádio Industrial de Várzea Grande e do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor), com os colegas José Eduardo do Espírito Santo (presidente)  e João Pereira Marinho Filho (secretário geral), ambos já falecidos, na primeira metade da década de 1980.  Ele começou na profissão ainda muito jovem, no jornal “A Luta Democrática”, de Tenório Cavalcanti, no Rio de Janeiro, como plantonista  e, depois, repórter de cidades e esportivo.
 
Quando voltou a Mato Grosso, trabalho nos jornais Diário de Cuiabá, O Estado de Mato Grosso, Jornal do Dia, Correio Varzeagrandense, Extra MT e  Jornal do Ônibus; rádios A Voz D’Oeste, Industrial de Várzea Grande, Antena 1 FM, Cultura AM e Globo Vila Real; e nas TVs Brasil Oeset e Rondon. Participou da fundação do Grupo Futurista de Comunicação, do ex-governador e ex-senador Júlio Campos, dirigido pela professora Isabel Coelho Pinto de Campos (in memorian).
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