Embora a bancada federal mato-grossense já tenha batido o martelo quanto à aplicação das emendas impositivas, destinando-as ao Executivo, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), e o governador Pedro Taques (PSDB) se reúnem nesta segunda-feira (30), em Brasília, para discutir mais uma vez o assunto.
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Há uma semana, em Cuiabá, o coordenador da bancada, deputado Victório Galli (PSC), esteve pessoalmente no Palácio Paiaguás para firmar o compromisso com o Governo do Estado. A mudança de postura dos parlamentares irritou Emanuel Pinheiro, que acusou a bancada de “não ter compromisso com a população cuiabana”.
A disputa pelo dinheiro começou no início do ano, quando Taques solicitou a bancada mudasse a destinação de parte do recurso – o que incluía o dinheiro para equipar o novo Pronto-Socorro de Cuiabá – para quitar as dívidas acumuladas na saúde estadual. Mas, após muitas discussões, Taques e Emanuel Pinheiro acordaram que o dinheiro seria utilizado, conforme originalmente pensado, para comprar os equipamentos do novo Pronto-Socorro.
As emendas impositivas da bancada totalizam R$ 156 milhões. Deste total, R$ 82 milhões seria repassado diretamente para a Prefeitura de Cuiabá, com o intuito de equipar a nova sede do Pronto-Socorro, a ser entregue, segundo Pinheiro, em abril de 2018. Mas, a pedido de Pedro Taques, os parlamentares decidiram destinar os recursos das emendas para o custeio da saúde pública ainda no ano de 2017, repassando R$ 50 milhões aos municípios do Estado para atenção básica.
No novo acordo, Cuiabá receberia somente R$ 30 milhões, inicialmente, e o restante do recurso seria repassado por meio de um Convênio com o Governo do Estado, sem data definida. Emanuel questionou se o governador Pedro Taques (PSDB), tendo em vista a crise de caixa que o Governo enfrenta, terá condições de repassar o valor que cabe à Prefeitura.
No dia 20 de outubro, durante a Caravana da Transformação, em Tangará da Serra (240 km de Cuiabá), o deputado Nilson Leitão (PSDB) também havia afirmado o posicionamento da bancada, de direcionar os recursos para o Executivo, e acusou Emanuel Pinheiro de fazer “politicagem” com o assunto.
“Emanuel reclama que Estado não tem dinheiro, mas quem está construindo o Pronto-Socorro é o Governo do Estado, e a obra só tem 46% pronta. Está fazendo politicagem com o assunto. Não vamos tratar isso como cavalo de batalha. Inclusive todos os deputados que apoiaram Emanuel para prefeito, sem exceção, votaram a favor desta forma de destruir os recursos”, declarou.
