Faleceu aos 59, na madrugada deste sábado (04), o chefe do Cerimonial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Florêncio Beserra Filho (1958–2017). Ele estava hospedado em um hotel em São Paulo quando sofreu um infarto. Foi com muita organização, simpatia e carinho que Florêncio comandou o cerimonial do TJ por cerca de 20 anos, relembra seu irmão caçula Flostenes Beserra - o “Nenê”. Conheça sua história:

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Primogênito de seis irmãos, Florêncio Beserra – com ‘s’ mesmo, por um erro de cartório – nasceu no Município de Picos, no Piauí, em 1958. Aos 16 anos, mudou-se com a família para Cuiabá, pois seu pai, Florêncio Bento Bezerra, deslumbrou-se com o progresso da Capital mato-grossense nos anos 1970. O fascínio pela terra foi tanto, que Florêncio e sua família logo se tornaram cuiabanos de coração.

Apesar de se formar em Engenharia Civil na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), foi na área de cerimoniais, do governo Dante de Oliveira (1995-2002), que Florêncio se encontrou e seguiu carreira. Dentre importantes feitos que realizou, destaca-se uma tese cerimonial que ele desenvolvia sobre os principais funerais gerais.
 
Solteiro, ele era como um pai para seus doze sobrinhos. Sempre comprava presentes para todos eles nas datas comemorativas. A quase um mês do Natal, Florêncio telefonou para seus irmãos para avisar que já tinha comprado todos os presentes dos sobrinhos.

Foi, inclusive, em um jantar com sua sobrinha e seu irmão, em São Paulo, o último encontro de Florêncio com a família. Após ministrar uma palestra no Congresso Nacional de Cerimonial Público, em Bonito (MS), ele aproveitou o feriado prolongado para visitá-los. Até postaram uma foto juntos, às 23h, aproximadamente.

Depois da janta, Florêncio foi até hotel em que estava hospedado, e sem explicação conclusiva, teve um mal súbito. Chegou a ser socorrido por atendentes do hotel, mas faleceu ainda no saguão do estabelecimento. A suspeita é que tenha tido um ataque cardíaco.

De acordo com “Nenê”, a família recebeu a notícia repentina com muito pesar. “Não acredito ainda. Foi com muita tristeza, porque até ontem à noite, ele estava publicando fotos. Rindo, alegre, com meu irmão e minha sobrinha. Nós somos muito família, então quando chegou a notícia, foi um baque. Por mais que ele fosse solteiro, ele era um ‘paizão’ de todo mundo”, disse.

Em seu perfil no Facebook, colegas de trabalho, amigos e familiares prestam homenagens. Não há previsão de quando seja translado o corpo de Florêncio para ser sepultado em Cuiabá, cidade que ele escolheu e o acolheu.