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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Estudo da Ambev

Mortes no trânsito causam prejuízos de R$19 bi; MT é o terceiro com pior índice no Brasil

Foto: Reprodução

Mortes no trânsito causam prejuízos de R$19 bi; MT é o terceiro com pior índice no Brasil
Mato Grosso é o terceiro estado com pior índice de mortalidade no trânsito do Brasil: 33,2 vítimas fatais a cada 100 mil habitantes. Perdemos apenas para Tocantins (37,2) e Piauí (36,8). Os números trágicos também têm impacto econômico e só em 2015, foram responsáveis por cerca de R$ 19 bilhões gastos. O dinheiro compraria mais de 145 mil ambulâncias, cujo custo médio é estimado em R$ 130 mil, ou construiria mais de 60 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), com custo médio de R$300 mil cada, segundo o Governo Federal.


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O prejuízo que a perda de uma vida acarreta pode ser ainda maior. O estudo “Impactos sociais e econômicos dos acidentes de trânsito nas aglomerações urbanas brasileiras”, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada  (IPEA) e pela Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), revelou quem em 2006, o custo médio de cada acidente em vias federais e estaduais com óbitos e feridos girava em torno de R$ 421 mil e R$ 90 mil, respectivamente. Logo, o número de vítimas em Mato Grosso giraria em torno de R$ 13.893,000 para cada 100 mil habitantes.
 
Para calcular o custo que o Brasil teve com acidentes de trânsito em 2015 foi utilizado como base o valor mais conservador (IPEA/ ANTP-2003). Esse valor, corrigido ano a ano a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e multiplicado pelo número de vítimas, atingiu, em 2015, o total de R$ 19,3 bilhões em gastos com acidentes. Somente os óbitos custaram 11,6 bilhões, enquanto o tratamento de feridos drenou R$ 7,7 bilhões dos recursos. Para efeito de comparação, apenas 35 municípios brasileiros têm PIB superior a R$ 16,9 bilhões.
 
O número de vítimas nas vias mato-grossenses corresponde a quase o dobro da média nacional. O estado registrou 1.085 fatalidades em suas vias em 2015, das quais 47% correspondem a motociclistas, 32% a motoristas e 10% a pedestres. Ônibus e caminhões integram os 11% restantes. Apesar dos dados alarmantes, o cenário apresenta melhora: na comparação anual com 2014, o total de falecimentos em decorrência de acidentes de trânsito caiu 10%.
 
Apontado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como um dos países com trânsito mais violento do mundo, o Brasil registrou uma baixa histórica no indicador de mortalidade devido a acidentes. O índice de óbitos por 100 mil habitantes recuou a 19,2 em 2015, o melhor resultado desde 2004. Em 2012, o indicador chegou a atingir 23,6. Os dados constam na quarta edição do relatório "Retrato da Segurança Viária", desenvolvido pela Ambev e pela consultoria Falconi com o objetivo de auxiliar a elaboração de políticas efetivas de combate aos acidentes de trânsito.
 
A causa da segurança viária é uma das principais bandeiras defendidas pela cervajaria Ambev, que compilou estes dados. Além de promover campanhas de conscientização e em prol do consumo inteligente de seus produtos, em especial no combate à associação de álcool e direção, a cervejaria tomou a iniciativa de liderar a criação de uma coalizão com agentes privados, públicos e do terceiro setor para melhorar a gestão da segurança viária no Brasil.
 
"Nós buscamos ser parte da solução do problema. A segurança viária é uma causa que defendemos há anos com campanhas de conscientização e combate à associação entre álcool e direção. O desenvolvimento do Retrato é um passo importante nesse trabalho, oferecendo as informações necessárias para o planejamento de políticas públicas efetivas para a melhora desse cenário", explica Mariana Pimenta, gerente de relações corporativas da Ambev.
 
O número absoluto de fatalidades também melhorou: de 2010, ano em que o Brasil aderiu à Década de Segurança no Trânsito da ONU, a 2015, as mortes ocasionadas por acidentes nas ruas e estradas do país apresentaram redução de 16%. No mesmo período, as cinco regiões brasileiras apresentaram diminuição no número de mortes, sendo que, em termos absolutos, as áreas mais populosas representaram a parte mais significativa dessa queda.
 
Apesar de os dados demonstrarem evolução do quadro nacional, o Brasil ainda vive uma situação alarmante: em 2015, 39.333 pessoas perderam a vida e outras 203.853 ficaram feridas no trânsito. O relatório informa que os acidentes já são a segunda causa de morte não natural no país.
 
O levantamento apresenta um panorama completo sobre a situação viária nacional, com as informações mais atualizadas disponíveis, obtidas por meio do cruzamento de dados da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), da Confederação do Transporte (CNT), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
A região Sudeste apresentou o maior número de fatalidades, com 13.141 em 2015. Apesar disso, é a que conta com o menor índice de óbitos por 100 mil habitantes, com 15,3, e reduziu o número absoluto de mortes em 17,8% desde 2010. A Nordeste vem em seguida, com 12.397 mortes totais e 21,9 óbitos por 100 mil habitantes, a Sul em terceiro lugar (6.071 e 20,8), a Centro-Oeste em quarto (4.107 e 26,6) e, por último, a Norte (3.627 e 20,8).

Entre 2010 e 2015, no entanto, Nordeste e Norte seguiram na contramão das demais e registraram, respectivamente, crescimentos de 2,5% e 3,8% nos números absolutos de mortes no trânsito. No mesmo período, Sul reduziu os casos em 17,5% e Centro-Oeste em 8,5%. Na comparação com 2014, apenas quatro estados apresentaram aumento no número de vítimas: Roraima (+3%), Rio Grande do Norte (+2%), Paraíba (+5%) e Sergipe (+2%).
 
A íntegra do documento pode ser acessada aqui.
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