A estratégia da oposição de trancar a pauta de votação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso para pressionar o governador José Pedro Taques (PSDB) a honrar o pagamento das emendas parlamentares não deve prosperar. A avaliação partiu do presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (PSB), ao classificar como “livre arbítrio, mas com erro de leitura”, a intenção dos deputados Valdir Barranco (PT), Janaína Riva (PMDB), Zeca Viana (PDT) e Allan Kardec (PT), em obstruir a tramitação dos projetos e votações plenárias até que seja resolvido o imbróglio das emendas parlamentares.
 
“Se a oposição tranca pauta...? Isso não vai levar a nada! Trancar pauta não vai resolver e não tem sentido. Não vai fazer aparecer dinheiro!”, afirmou Botelho, para a reportagem do Olhar Direto.

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Embora a dívida em emendas parlamentares seja superior a R$ 150 milhões, desde 2015, Eduardo Botelho revelou que existe um entendimento com o governador José Pedro Taques (PSDB) para honrar R$ 50 milhões ainda neste ano, tão logo chegue ao Tesouro do Estado os recursos do Fundo de Auxílio às Exportações (FEX).
 
“Temos combinado com o governador o que é possível. Não! Não há condições de pagar as todas as emendas. Mas, com a chegada do FEX, o governo destinaria R$ 50 milhões para pagar emendas”, projetou ele.
 
Botelho entende que um terço do problema estará resolvido. “O valor certamente  dá em torno de 30% do débito total. Se fizer isso já vai ser satisfatório para os deputados... até mesmo para os da oposição”, sintetizou o presidente da Assembleia.
 
Prioridade à Saúde
 
Eduardo Botelho revelou que os deputados estaduais pediram à bancada de Mato Grosso, no Congresso, que interfiram junto ao Ministério da Saúde para haver celeridade na liberação de mais de R$ 100 milhões de emenda de bancada para custeio da saúde do Estado. O coordenador da bancada, deputado federal Victorio Galli (PSC), e o ministro da Agricultura, senador mato-grossense Blairo Maggi (PP), estão empenhados no téte-a-téte com o ministro da Saúde, deputado paranaense Ricardo Barros (PP), para acelerar o processo.
 
Botelho enfatizou que existe um crescimento de 15% para a saúde, na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018. “Na LOA já existe crescimento previsto de 15% para saúde. É um avanço que permite regularizar e melhorar a situação da saúde”, argumentou ele.
 
“Em 2018, Mato Grosso terá algo em torno de R$ 2 bilhões a mais, sem repassar a poder nenhum, no qual vai poder fazer pagamentos e honrar despesas”, complementou Eduardo Botelho..