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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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“Terminalidade domiciliar garante dignidade aos últimos momentos da vida”, orienta médico

Foto: Divulgação

“Terminalidade domiciliar garante dignidade aos últimos momentos da vida”, orienta médico

A morte para alguns é um momento triste, para outros é uma passagem rumo a uma realidade espiritual, mas se existe algo que ninguém está imune é da morte. Para um paciente terminal, uma perspectiva positiva pode significar toda a diferença. Morrer é um verbo difícil de ser conjugado e, por isso, que se preparar para a morte ainda pode ser um tabu, mas é a condição mais adequada para que o momento da passagem não seja um trauma, e sim, de gratidão e conforto.

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E foi isso o que aconteceu com a família da bióloga Joelma Veiga da Silva, 37, que perdeu a matriarca Jovelina Maria da Veiga em outubro deste ano. Após ter enfrentado o câncer por um ano e quatro meses, Jovelina morreu aos 65 anos cercada de cuidado e carinho.

Os últimos quatro meses de vida foram vividos junto da família, com a presença dos três filhos e seis netos, bem como aos cuidados de um serviço de home care. De acordo com Joelma, a terminalidade domiciliar permitiu que o trauma da morte não fosse algo incapacitante.

“Foi uma experiência de muita gratidão ter minha mãe em casa em seus últimos momentos de vida, principalmente porque ela já não queria mais ficar internada no hospital. Ter trazido ela para casa e contratado um serviço de home care garantiu que os últimos meses de vida da minha mãe fossem ao lado dos filhos e netos, a quem ela tanto amava. Conseguimos oferecer uma morte com dignidade”, destaca Joelma.


Para a psicóloga Fernanda Piotto Santana a terminalidade domiciliar é uma oportunidade para que os familiares encarem a morte de forma consciente. Outros aspectos julgados importantes pela especialista é a proximidade que o paciente em estado terminal obtém em estar na própria cama, envolvido pelos laços afetivos e pelo ambiente familiar.

“A terminalidade domiciliar permite trabalhar o processo da morte, que muitas vezes é demorado. Situações como envelhecimento, morte e luto são temas abordados junto aos familiares para que consigam encarar a perda do ente de forma mais amena e menos traumática. Quando esse processo é bem resolvido, a experiência de perder alguém passa a ser encarada com mais naturalidade”, pontua.

Já a enfermeira Heloísa do Carmo Miranda, 25, conta que nos quatro anos de experiência como enfermeira na Qualycare, empresa que presta serviço de home care, a oportunidade de ter trabalhado na terminalidade domiciliar de alguns pacientes tem sido positiva para o próprio aperfeiçoamento profissional e humano.

“Se colocar no lugar do outro, e neste caso dos familiares, é uma responsabilidade que consegue transformar qualquer um que trabalhe no cuidado com a vida. A situação dos pacientes em estado de terminalidade é bem delicada, principalmente, porque em geral, são pessoas com doenças crônicas e que ao ir para casa receberão os cuidados paliativos e não a cura”, explica.

Os cuidados paliativos, segundo Heloísa do Carmo Miranda, são importantes para garantir que a terminalidade domiciliar seja um momento de dignidade e menor sofrimento. “Em geral, os hospitais são ambientes frios, sem o aspecto afetivo que possui a casa. Por isso, muitos médicos indicam, quando possível, que os últimos dias do paciente sejam próximos daqueles que o amam”.

Para o coordenador médico da Qualycare Home Care e Resgate, Heleno Strobel Rosa, a terminalidade domiciliar, apesar de ser um tema delicado, do qual muitas famílias não gostariam de falar, é de suma importância, pois garante que os últimos momentos da vida sejam tratados com dignidade.

“A terminalidade domiciliar é uma realidade que exige o compromisso do profissional de home care com a ética, o carinho e o atendimento humanizado, que passa a ser direcionado não apenas ao paciente, pois toda a família também faz parte do contexto, já que se envolve emocionalmente com a situação”, finaliza Heleno Strobel. 
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