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Sem trauma

Riva afirma que, se fizer delação, nenhuma carga será colocada em quem não deve

13 Dez 2017 - 11:57

Da Redação - Wesley Santiago/ Ronaldo Pacheco

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Riva afirma que, se fizer delação, nenhuma carga será colocada em quem não deve
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), ex-deputado  José Geraldo Riva, afirmou que está contente com as escolhas que fez e que se decidir fazer uma colaboração premiada “nenhuma carga será colocada em quem não deve”. O ex-parlamentar teve mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal em sua residência e escritório, na manhã desta quarta-feira (13).


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“As confissões são culpa. Tenho procurado contribuir com a Justiça, foi a forma que encontrei de ajudar a Justiça e atenuar a minha pena. Se uma hora a colaboração ocorrer, irá acontecer sem trauma e sem colocar nenhuma carga em quem não deve. No momento, estou confortável com o que escolhi”, disse o ex-deputado.
 
Sobre os mandados cumpridos em sua residência, em ação referente a Ararath, Riva afirmou que “sempre me coloquei à disposição e vou continuar contribuindo. Todos os documentos que foram buscar estavam lá, não tem sentido em esconder nada”, disse.
 
Questionado sobre o atual momento político, o ex-presidente da ALMT comentou que: “É uma coisa difícil de eu falar. Primeiro que estou muito alheio a isto. Pedi para a minha própria filha [Janaína Riva] que não gostaria de participar. Fiz uma opção de sair da política. Têm prefeitos que me ligam, algumas avaliações, nem o mandato da minha filha eu acompanho, só sei pela imprensa”.
 
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (13), mais uma fase da 'Operação Ararath', em Cuiabá. Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão contra o ex-deputado e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), José Geraldo Riva.
 
A “Operação Ararath” é produto de uma atuação conjunta envolvendo o Ministério Público Federal, o Supremo Tribunal Federal, a Justiça Federal e a Polícia Federal, e investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro – cuja estimativa de movimentação ultrapassa R$ 500 milhões – para o ‘financiamento’ de interesses políticos no Estado. Uma lista apreendida pela PF aponta que pelo menos 70 empresas utilizaram ‘recursos’ oriundos de esquemas fraudulentos de empréstimos.
 
A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 12 de novembro de 2013, quando a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão para coletar provas materiais e dar continuidade as investigações de um suposto esquema de lavagem de dinheiro e agiotagem. Entre os locais “batidos” pela PF estavam a cobertura de luxo de Júnior Mendonça, principal nome das investigações, no condomínio Maison Paris, em Cuiabá, e postos de combustíveis da rede Amazônia Petróleo, da qual ele é sócio.
 
Mendonça era sócio proprietário da factoring “Globo Fomento Mercantil”, empresa que, segundo a PF, foi usada como fachada para negócios de agiotagem e lavagem de dinheiro. Todas as transações financeiras supostamente ilegais eram movimentadas através de contas da factoring e da rede Amazônia Petróleo.
 
Segundo o órgão federal, já foram bloqueados R$ 300 milhões em bens dos investigados e réus das 28 ações penais abertas na Justiça Federal em Mato Grosso, dos quais R$ 157 milhões já retornaram ao erário.
 
Outras 45 investigações seguem em andamento e a tendência é que outras sejam instauradas em 2018, com a delação premiada do ex-governador do Estado Silval da Cunha Barbosa, “que passou 21 meses preso acusado de crimes contra a administração pública”, aponta o MPF.
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