Uma operação da Polícia Civil resultou na apreensão de 17 toneladas de carne bovina inapropriadas para consumo encontradas em três abatedouros clandestinos. Eles foram embargados por apresentarem riscos à saúde humana. Os matadouros, localizados, um em Campo Verde, a 134 km de Cuiabá e dois em Dom Aquino, a 228 km de Cuiabá, não tinham higiene, profissionais habilitados e apresentam risco de contaminação de carne.

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As carnes desses locais, de acordo com a assessoria da Polícia Civil, abasteciam pequenos mercados dos municípios, que por sua vez vendiam carnes e produtos de origem animal impróprias ao consumo humano. Em um dos matadouros, no município de Dom Aquino, foram apreendidos 220 couros.

Segundo informações da Polícia Judiciaria Civil, dos oitos mercados, com comércios de carnes, cinco açougues dentro desses estabelecimentos tiveram os produtos inutilizados. Os locais foram notificados e multados pelos órgãos de fiscalização (Indea, Vigilância Sanitária, Sema e Procon), assim como os abatedouros, pessoas físicas e também distribuidoras de carnes.

A ação realizada pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) também cumpriu seis mandados de prisão temporária, quatro das cinco ordens de condução coercitiva, e efetuaram buscas em oito estabelecimentos comerciais (mercados com comércio de carne), três estabelecimentos rurais (abatedouros clandestinos) e seis residências, localizados nas cidades de Campo Verde e Dom Aquino.

Duas pessoas também foram presas em flagrante, com 4 armas de fogo, 168 munições, 120 litros de defensivos agrícolas, 172 caixas de cigarros provenientes do Paraguai, e outros produtos. Elas foram autuadas por porte ilegal de arma de fogo e munições, e crime ambiental de produto perigoso. Também foram apreendidos três caminhões.

O proprietário de uma dos mercados teve a prisão temporária convertida em preventiva, por ter sido encontrado com armas, munições e agrotóxicos. Outras prisões preventivas serão representadas ao Judiciário.

“A carne não tem origem, pegam de propriedade, podendo ser de roubos e furtos. São locais sem observâncias das normas sanitárias, com possibilidade de propagação de doenças”, disse o delegado da Dema, Gianmarco Paccola Capoani.

Conforme o delegado, oitivas de investigados ainda são realizadas nesta manhã de sexta-feira (15), e os próximos passo da investigação será aguardar os laudos da Politec, analisar a documentação dos estabelecimentos e remessa das peças principais ao Ministério Público e Poder Judiciário.

Órgãos de controle e fiscalização de Mato Grosso, para combater crimes ambientais e proteger a saúde pública do consumidor também participarão da ação.