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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Mato Grosso tem tradição de reeleger governadores que entram na disputa; até Silval venceu no primeiro turno

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Mato Grosso tem tradição de reeleger governadores que entram na disputa; até Silval venceu no primeiro turno
Desde 1998, quando a disputa de um segundo mandato no Poder Executivo passou a ser permitida, com a promulgação da Emenda Constitucional 16, conhecida como PEC da reeleição, todos os governadores de Mato Grosso que decidiram disputar foram reeleitos. É uma tradição do eleitorado mato-grossense, tanto para o governo de Mato Grosso quanto para a Prefeitura de Cuiabá.

 
Embora jure por tudo quanto é sagrado que não pensa em reeleição, no momento, o governador José Pedro Taques (PSDB) certamente conhece a história. De 1998 para cá, somente o governador Rogério Salles (PSDB), que assumiu em substituição ao governador Dante Martins de Oliveira (in memorian) não disputou a reeleição, em 2002.

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O histórico das últimas duas décadas demonstra que aqueles que estão no exercício do poder, normalmente, levam vantagem considerável sobre os que estão tentando chegar ao Palácio Paiaguás. E, na maioria das vezes, nem se trata de uso da máquina ou ações ilegais, mas pelo simples fato de serem mais falados e mais conhecidos pelos eleitores.
 
Até mesmo o então governador Silval Barbosa (PMDB), que chegou às convenções partidárias de julho de 2010 com índices de intenção de voto abaixo de dois dígitos e quase 40% de rejeição, saiu candidato e venceu no primeiro turno. Silval conquistou 51% dos votos válidos, em outubro de 2010, vencendo uma batalha duríssima contra os ex-prefeitos Wilson Santos (PMDB) e Mauro Mendes (PSB).
 
Ao fim do mandato, Silval foi preso e passou quase dois anos no Centro de Custódia de Cuiabá, por concessão fraudulenta de incentivos fiscais. Barbosa só conquistou a liberdade após firmar colaboração premiada o Poder Judiciário de Mato Grosso, repassada para a Procuradoria Geral de Justiça e homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
 
Na virada de 1997 para 1998, o então governador tucano Dante de Oliveira tinha de 10% até 13% das intenções de voto e mais de 40% de rejeição. Na execução do Programa de Reforma do Estado, em busca do equilíbrio fiscal, ele demitiu mais de 25 mil servidores não concursados, liquidou o Banco do Estado (Bemat) e privatizou a Centrais Elétricas Mato-Grossenses (Cemat), o que provocou acúmulo de desgates.
 
O candidato da oposição era o então senador  Júlio Campos (PFL, hoje DEM) e desafiou Dante para uma disputa “de testa”. Campos começou a campanha com 56% das intenções de voto, contra 11% de Dante e menos de 5% de Carlos Abicalil (PT). Dante chegou a 51% dos votos e venceu no primeiro turno.
 
A reeleição mais folgada foi do então governador e atual ministro da Agricultura e Pecuária, senador Blairo Maggi (PP), em 2006. Ele tinha sido eleito com 56% dos sufrágios válidos em 2002 e conquistou o segundo mandato com quase 70% dos votos. Curiosamente, nas duas vitórias (2002 e 2006)  Maggi bateu o então senador Antero Paes de Barros (PSDB, hoje sem partido).
 
No pleito de 2002, sob coordenação política dos prefeitos Roberto França (PPS), de Cuiabá, e Jayme Campos (PFL, hoje DEM), de Várzea Grande, Blairo Maggi começou a campanha com 2% das intenções nas pesquisas de opinião pública sobre tendência do eleitorado. A coordenação operacional da campanha estava a cargo do Trator Luiz Antônio Pagot e Cloves Vettorato.
 
Após as convenções, Antero tinha mais de 50% das intenções de voto nas pesquisas. Maggi patinava entre 2% e  4%, e era superado até mesmo pelo então candidato das esquerdas, ex-deputado e procurador Alexandre Luiz César (PT), com 5%. França e Jayme abraçaram Cuiabá e Várzea Grande com unhas e dentes; alémd isso,  mapearam o Vale do Araguaia, o chamado Circuito da Soja (Sorriso e Lucas do Rio Verde) e o Nortão, para consolidar a vitória de Maggi no primeiro turno.
 


Vizinho equilibrado

Já no vizinho Mato Grosso do Sul, a tradição não é tão simples. Dos quatro goverandroes que tentaram a reeleição, somente Zeca do PT (PT), de 1999 até 2006; e André Puccinelli (PMDB), de 2007 até 2014; conseguiram se reeleger consecutivamente para o Parque dos Poderes Governador Pedro Pedrossian. Zeca do PT atualmente é deputado federal.
 
Os governadores Pedro Pedrossian (PTB), Marcelo Miranda (PMDB) e Wilson Barbosa Martins (PMDB) tiveram dois mandatos, no Parque dos Poderes, mas em períodos alternados e não graças à reeleição.
 
O atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) já avisou ao seu grupo político  que vai ser candidato à reeleição.
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