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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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DE VOLTA PAR AO FUTURO

PMDB projeta ampliar bancadas na AL e Câmara dos Deputados com novo nome

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

PMDB projeta ampliar bancadas na AL e Câmara dos Deputados com novo nome
Maior e mais tradicional agremiação do Brasil, o PMDB voltou a se chamar Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e planeja vôos maiores, em Mato Grosso. Ao menos no pondo de vista do presidente regional do MDB, deputado federal Carlos Bezerra, a retomada do antigo nome tende a contribuir para o aumento das bancadas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e Câmara dos Deputados, além de lugar por cargos majoritários – governo e Senado.

 
O nome da legenda era durante o regime militar era MDB. Certamente Carlos Bezerra é o único de Mato Grosso, no exercício do mandato, que começou a militar com o nome antigo. Em verdade, Bezerra presidiu o então MDB pela primeira vez na segunda metade da década de 1960 e está em seu 14º mandato na presidência.

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“Sem dúvida, tenho profundo respeito por todos os partidos. Mas é inegável que nenhum possui história tão rica quanto o PMDB”, argumentou Bezerra, para a reportagem do Olhar Direto, ao lembrar que por décadas, no enfrentamento com o regime de exceção (1964-1985), os militantes peemedebistas eram vítimas de toda sorte de perseguições e agressões aos seus direitos fundamentais.
 
Em 2014, o PMDB elegeu somente Carlos Bezerra para deputado federal e três estaduais – Romoaldo Júnior, Joaquim Baiano Filho e Silvano Amaral. Depois, recebeu a deputada Janaina Riva (ex-PSD) e Baiano Filho migrou para o PSDB.
 
Caso o plano da Executiva Regional dê resultados, em 2018 vai eleger pelo menos dois federais e cinco estaduais. Em 1982, no primeiro passo para a redemocratização do Brasil, o PMDB elegeu 12 deputados estaduais.
 
Carlos Bezerra nega que a mudança do nome seja uma tentativa de “esconder” a sigla atrás de uma nova marca, já que a cúpula da legenda e o próprio presidente Michel Temer (PMDB) têm sido alvo de diversas denúncias relacionadas a escândalos de corrupção, especialmente no âmbito da Operação Lava Jato.
 
“Nós estamos querendo colocar o partido de acordo com o que tem de mais moderno no mundo, hoje. Os novos partidos não são registrados como partido. Também estamos resgatando essa questão histórica, a nossa memória. Nós não queremos ser um partido, nós queremos ser uma força política. Queremos ganhar as ruas com uma nova programação”, justificou Bezerra.
 
Originalmente, o MDB foi criado em 1966, para fazer oposição à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido que dava sustentação à ditadura militar. O antigo MDB praticamente abrigava toda militância de esquerda, como PCdoB, MR-8, PSB, PCB, PT, PDT e outros. Com o fim do bipartidarismo, em 1979, houve a reorganização do quadro partidário e fez o MDB virar PMDB.
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