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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Palavra do delegado

Morte de idoso na porta de policlínica poderia ter sido evitada se monitoramento das tornozeleiras funcionasse

Foto: Reprodução

Morte de idoso na porta de policlínica poderia ter sido evitada se monitoramento das tornozeleiras funcionasse
O delegado Christian Cabral, titular da Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), afirmou – em entrevista ao Olhar Direto – que a morte do idoso Benedito Castravechi, 66 anos, que estava aguardando para agendar um exame na porta da Policlínica do Planalto, em Cuiabá, quando foi atingido pelo veículo do ex-presidiário, Anderson da Silva Amorim, poderia ter sido evitada se o monitoramento das tornozeleiras eletrônicas funcionasse. O equipamento dele - que estava em regime semiaberto - não funcionava desde setembro do ano passado.


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“Já oficiamos à Vara de Execução. Não era para ter acontecido este atropelamento se a fiscalização da tornozeleira tivesse funcionado. Sabemos que o número de quem usa estes aparelhos é muito grande e há uma dificuldade para se monitorar e gerenciar isto, então acaba acontecendo”, explicou o delegado.
 
Christian ainda acrescenta que o ex-presidiário não teve interesse de se apresentar e esclarecer as circunstâncias do crime. “Hoje ele não tem mandado de prisão, então poderia fazer isto, mas não teve interesse. Da mesma forma que não teve interesse em reparar a tornozeleira dele que está estragada desde setembro do ano passado. Agora vamos aguardar o mandado de prisão e nos esforçar para pegá-lo e identificar as outras pessoas que estavam no carro”.
 
“A prisão do Anderson também ajudará a colocar uma pá de cal nesta questão de quem estava dirigindo o veículo. Os elementos que nós temos apontam com alguma segurança de que quem estava dirigindo era a travesti Igor Gomes Mulato, que utiliza o nome social de Geovanna. Mas queremos sanar todas as dúvidas, para saber se ele poderia estar no controle do automóvel”, finalizou o delegado.
 
Como informado pelo Olhar Direto, o delegado ainda não afirma com 100% de certeza que era a travesti quem estava dirigindo: “Como a suposta motorista ficou no local e inicialmente negou e depois resolveu assumir a culpa, ainda existe esta dúvida de que a Geovanna possa estar assumindo a responsabilidade pelo Anderson, já que a situação dele não é nada boa”.
 
Vale ressaltar que Anderson cumpria a sua pena – foi condenado a dez anos de reclusão – no regime semiaberto e usava tornozeleira eletrônica. O delegado pedirá a regressão do regime e a expedição de mandado de prisão contra ele, justamente por ter descumprido as medidas restritivas.
 
No carro havia cinco pessoas. Três delas fugiram do local. Conforme o delegado, Christian Alessandro Cabral, a condutora identificada como Igor Gomes Mulato, que utiliza o nome social de Geovanna, estava no carro na companhia da irmã, que é namorada do dono do veículo, identificado por Anderson da Silva Amorim, que é ex-presidiário. Junto com eles estavam mais dois amigos de Anderson.
 
Como já informado anteriormente pela reportagem, os ocupantes do carro passaram a noite na Tabacaria Havan, no bairro Sol Nascente, e no deslocamento, sentido avenida Juliano Costa Marques, logo depois da rotatória, em frente à Policlínica, Gioavanna foi tentar desviar de um buraco na pista, fez manobra rápida para esquerda e entrou na contramão. "Como vinham carros no sentido contrário, rapidamente fez nova manobra para voltar para sua faixa de direção, e nesse momento perdeu o controle do veículo, colidiu em sua faixa e o carro saiu desgovernado entrando no pátio da Policlínica", explicou o delegado.
 
O caso
 
O idoso de 66 anos, atropelado na porta da Policlínica do Planalto, em Cuiabá, no início da manhã de quinta-feira (11), foi identificado como Benedito Castravechi. A vítima aguardava para agendar uma consulta médica quando foi atingida por um carro (Kia Soul), que estava em alta velocidade, capotou e a atingiu. Quatros dos seis ocupantes do veículo fugiram do local.
 
O idoso foi parar embaixo do veículo. Pessoas que estavam no local ajudaram a virar o carro para retirar Benedito, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Testemunhas apontaram que o veículo trafegava em alta velocidade.
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