O ex-presidente da Acrimat Jorge Pires de Miranda deixou, na tarde desta segunda-feira(17), o presídio do Carumbé. Ele é o primeiro, dos cinco presos na operação Pacenas que conseguiram hábeas corpus, a sair da cadeia. Agora ele espera provar que todas as acusações contra si são infundadas.

De acordo com o advogado de defesa Paulo Fabrinny, o alvará de soltura foi expedido por volta das 16h, pelo juiz da 1º vara federal Julier Sebastião.

Confiante, Fabrinny alega que agora só resta esperar o fim do inquérito policial para descobrir se será oferecida denuncia ou não contra Pires de Miranda. Contudo, tal como o advogado do ex-procurador José Antonio Rosa, ele já avisa que não há nada que prove a conduta suposta pelas denuncias da PF (Polícia Federal).

Ainda sobre a prisão preventiva de Jorge Pires, Fabrinny a qualificou como desnecessária. “Julier tomou a decisão de acordo com o material que tinha, não foi de uma hora para outra. Não digo que foi arbitrária, mas foi desnecessária”, concluiu.

Ao todo, 11 pessoas foram presas na operação Pacenas, desencadeada na segunda-feira (10) pela PF, por suposto envolvimento em fraudes do PAC (Programa de Aceleração e Crescimento) em Cuiabá.

Segundo o MPF (Ministério Público Federal), os empreiteiros eram os grandes incentivadores do esquema de acerto dos certames. Entre as praticas ilegais estava acesso a informações privilegiadas das licitações, e o afastamento de outras empresas da disputa.

Continuam presos os seguintes acusados:

Carlos Avalone - empreiteiro e suplente de deputado

Marcelo Avalone - empreiteiro

Luis Carlos Richter Fernandes - presidente da Sinduscon-MT (Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso)

Adilson Moreira da Silva – advogado e consultor de licitação da Sanecap

Milton Pereira Moreira – presidente de licitação da prefeitura de Várzea Grande

Jaqueline Favetti – auxiliar da comissão de licitação de Várzea Grande



Atualizada às 18h19