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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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mamata na saúde

Normatização de estágios põe fim à 'boa vida' na área médica

“Quem come o filé tem que ajudar a roer o osso”. Assim pontuou o secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Soares, ao falar sobre a nova portaria assinada por ele para normatizar os estágios ligados à saúde.

“Quem come o filé tem que ajudar a roer o osso”. Assim pontuou o secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Soares, ao falar sobre a nova portaria assinada por ele para normatizar os estágios ligados à saúde. Segundo ele, funcionários da prefeitura da capital estavam utilizando indevidamente o horário de serviço para lecionar a alunos e ‘ganhar um por fora’.


De acordo com o secretário, o que está acontecendo não se trata de uma proibição aos estágios, mas sim um esforço sobre-humano em organizar a "casa de mãe Joana", no que diz respeito à utilização das unidades da prefeitura.

O problema foi detectado por um grupo de trabalho da Secretária de Saúde, coordenado pelo médico e professor Ney Moreira. Em várias reuniões internas, o grupo confirmou os casos e apuraram detalhes.

“O que estava acontecendo é que profissionais da ponta estavam recebendo dinheiro indevido das faculdades para dar aulas a estagiários durante o período de trabalho. O que é proibido pelo convenio pré-estabelecido. Isso é duplicidade de vínculos e desvio de função”, declarou Luiz Soares ao Olhar Direto.

Em muitos casos, os servidores, sejam eles médicos ou enfermeiros, cortavam o atendimento ao cidadão para atender o aluno. “Detectamos isso e demitimos muitos profissionais”, afirmou o secretário. Segundo ele, em alguns casos foi possível observar 10 alunos acompanhando um médico nos boxes do Hospital Pronto Socorro de Cuiabá.

Outro fato comprovador da baderna instalada nas unidades de saúde da capital, era a utilização de insumos da rede pública de Cuiabá, luvas e faixas, por exemplo, nas aulas. “Utilizavam materiais pago pelo povo”, lamentou Soares. Detalhe é que, em vários casos, os alunos cursam em instituições privadas de ensino.

Para solucionar o problema, o secretário contou sobre a realização uma reunião com representantes de todas as instituições de ensino, quando comunicou que tal prática não seria mais permitida. Então, uma nova portaria, a 050/2009, foi emitida, normatizando o estágio e estabelecendo um novo convênio.

Com um número limitado de alunos por médico, que varia de acordo com a função exercida pelo funcionário da prefeitura, para evitar uma sobrecarga do profissional, o novo convênio deve chegar às instituições ainda esta semana.

Outro tópico da nova portaria é que os estabelecimentos de ensino terão de ceder alunos para o pronto atendimento, como uma compensação à prefeitura. Os materiais utilizados nas aulas também deverão ser de responsabilidade do aluno. “As universidades não cobram caro pelo curso? Que forneçam o material ao aluno”, finalizou o secretário.
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