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Oitiva

Zanatta nega obstrução e diz que gravou Silvio para se resguardar

21 Fev 2018 - 08:50

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorileo

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Zanatta nega obstrução e diz que gravou Silvio para se resguardar
A ‘CPI do Paletó’, que apura se o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) recebeu propina do ex-governador Silval Barbosa, foi retomada nesta quarta-feira (21), na Câmara Municipal de Cuiabá. Desta vez, o ex-secretário de Indústria e Comércio do Estado, Alan Zanatta, responsável por gravar um áudio que poderia anular as delações premiadas de Silval e de seu ex-chefe de gabinete, Silvio César Corrêa Araújo, foi o ouvido.


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O áudio, que dura 1 hora e 24 minutos e foi apreendido na casa do prefeito, contém supostas confissões de Silvio César que contradizem o que fora relatado nos acordos de colaboração firmados com a PGR e homologados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux.
 
Confira abaixo o tempo real da oitiva desta terça-feira:

11h31 - 
Após quase duas horas, a sessão é encerrada na Câmara de Cuiabá. 

11h29 - Bussiki questiona se Zanatta abriria o sigílio telefônico, voluntariamente, no período investigado. Porém, ele responde que agora não tem como responder a este questionamento, já que é preciso analisar esta questão com o jurídico: "Respondo depois. Agradeço aos vereadores e estou à disposição".

11h26 - O verador Abílio Junior requer que 'Coxinha' seja chamado a depor. Dilemário Alencar também requer uma avaliação para a acareação entre Silvio César e Alan Zanatta. 

11h24 - Zanatta afirma que entregou o áudio original para Emanuel Pinheiro porque era o único que ele tinha. Questionado se sabia que o prefeito fez cópia, ele afirma que sim. 

11h21 - Wellaton: "Você falou que o áudio serviria para alguma coisa. Que coisa?". Zanatta: "Se o áudio dissesse algo do senhor, também o entregaria para você".

11h20 - O advogado de Emanuel Pinheiro, André Stumpf, ficou com a palavra. Ele comenta sobre a hierarquia de leis da Constituição Federal e aplica uma espécie de 'sermão' nos vereadores, afirmando que o direito a defesa é inerente. Por fim, diz que está satisfeito com o que foi falado e não fará nenhuma questão. 

11h13 - "Tinha discrepância entre o que o Silvio disse na mídia e o que ele me falou. Ao ouvir o áudio novamente, vi que tinha e, por isso, levei para o Emanuel Pinheiro", disse Zanatta.

11h11 - Zanatta afirma que a primeira-dama, Márcia Pinheiro, estava em casa quando ele visitou e levou o áudio para Emanuel. 

11h09 - Gilberto Figueiredo pergunta: "O Silvio tinha acabado de firmar delação. Você tinha conhecimento que a atitude podia configurar obstrução?". Zanatta responde: "Ele que me convidou, em nenhum momento eu disse que queria ir na casa dele. Jamais houve obstrução".

11h07 - "Eu desafio fazer uma acareação aqui. Eu tinha perdido contato com o Silvio há mais de três anos. Só tive contato pelo 'Coxinha'. Estou falando a pura verdade", afiança Zanatta ao ser questionado sobre quem estaria dizendo a verdade. 

11h04 - Zanatta afirma não ter ouvido o áudio com Emanuel Pinheiro e que em nenhum momento ele o agradeceu: "Isso tomou uma proporção tão grande, que não sei se ajudou ou atrapalhou".

11h03 - Toninho de Souza é o próximo a perguntar: "Você fala no áudio que estão sacaneando o Emanuel. Isso era uma tentativa de induzir o Silvio a defender o prefeito?". O ex-secretário limita-se a dizer que "em nenhum momento".

11h - "Quando você foi na casa do Silvio, sabia do vídeo do prefeito?", pergunta Abílio Junior. Zanatta diz não lembrar se foi antes ou depois e o vereador rebate: "Mas você fala do vídeo na gravação. Você tem posse dela?". O ex-secretário diz que "o aparelho está emposse de meu advogado. não sei se ele encaminhou para Brasilia". O áudio foi requerido ao presidente pelo parlamentar.

10h58 - Dilemário diz que apoiou o prefeito Emanuel Pinheiro e viu Zanatta várias vezes na campanha. Ele responde que o apoiou pelo partido e não teve nenhuma função na campanha de Emanuel.

10h57 - "O relatório apontou troca de palavras nas transcrições. O que estava certo?", pergunta Dilemário. Zanatta diz que não mudou uma vírgula e que não houve edição.

10h55 - O vereador então pergunta se Zanatta teria a nota fiscal do celular utilizado na gravação. O ex-secretário diz que é um celular antigo, que não tem número: "Comprei no camelô, não tenho nota".

10h53 - Dilemário Alencar questiona sobre seguinte afirmação feita por Zanatta no áudio: "Nada acontecerá com o prefeito porque ele tem a maioria na Câmara". Ele responde que não lembra o contexto em que colocou isto, que o áudio é de mais de uma hora.

10h51 - Bussiki insiste na pergunta sobre o caso Caramuru, denunciado por Wilson Santos (PSDB) e justifica dizendo que Zanatta era secretário na época. Ele responde que "Esse assunto veio á tona na época da eleição, mas desconheço. O secretário não tem como dar incentivo para a, b ou c. O voto de secretario é de minerva".

10h48 - Felipe Wellaton fala que Zanatta é obrigado a responder. Logo depois, inicia-se uma discussão entre advogados e os vereadores.

10h45 - Mário Nadaf interfere na pergunta e Bussiki se irrita com ele: "Quer sentar no meu lugar?". Na sequência, o mesmo questionamento é refeito. Porém, o vereador Lilo Pinheiro - que é líder do governo - diz para o presidente apenas fazer perguntas referente ao áudio. 

10h43 - O presidente da Câmara, Justino Malheiros, diz que o caso da Caramuru não tem nada ver com a investigação. Bussiki novamente rebate e afirma que se Zanatta não quiser responder, é direito dele. Sendo assim, refaz a mesma pergunta ao ex-secretário.

10h41 - O advogado de Zanatta fala que só devem fazer perguntas pertinentes ao objeto de investigação e que não fez nenhuma orientação. 

10h40 - O vereador Abílio Junior solicitou que o advogado de Emanuel Pinheiro não interrompa e nem fique falando com Zanatta. O procurador da Câmara de Vereadores orientou que os advogados não interrompam. 

10h39 - Bussiki questiona se Zanatta tem conhecimento do caso Caramuru, no segundo turno das eleições de 2016. Neste momento, o advogado de Emanuel Pinheiro interrompe e afirma que o presidente está desviando o foco. Bussiki rebate e diz que as perguntas estão voltadas a relação do prefeito com o ex-secretário. 

10h36 - O presidente então pergunta se não fiscalizar obra da Copa significa ser parceiro. O ex-secretário diz não saber. 

10h34 - Bussiki: "Você fala que o Emanuel era um deputado parceiro, o que seria isso?". Zanatta: "Significa que é da base do governo". 

10h32 - Zanatta conta que quando o vídeo de Emanuel Pinheiro foi divulgado, ele estava em Goiânia. Bussiki então questiona quando ele veio para Cuiabá, no que Zanatta responde que vem à capital mato-grossense todo mês.

10h30 - Bussiki pergunta porque Zanatta fala tantas vezes o nome de Emanuel no áudio. "Desconheço isso, falamos de outro deputados, do Wagner Ramos...", responde o ex-secretário. Na sequência, o presidente começa a citar os minutos em que ele cita o nome do prefeito.

10h27 - "O vídeo do prefeito recebendo dinheiro, que o Silvio falou que é propina, qual a verdade?", volta a questionar o presidente da CPI. Zanatta diz que "não sei, cabe a justiça. Eu levei o áudio ao Emanuel para ver se servia para alguma coisa".

10h25 - "Se você queria só se proteger, por que passou o áudio para outra pessoa?", questiona Bussiki. Zanatta responde que "foi uma decisão minha, porque o Silvio falou dele. Se eu tivesse conhecimento de outros, entregaria para estabelecer a verdade"

10h23 - Questionado sobre como o áudio foi parar na imprensa, Zanatta afirma não saber: "Só fiquei sabendo quando o dono de um site me ligou".

10h21 - Zanatta reafirma que deixou o seu celular com Emanuel Pinheiro e que pegou o aparelho depois. Além disto, disse que só entregou o áudio para o prefeito. 

10h19 - "O Silvio mora em condomínio fechado, eu não posso ir lá sem autorização", disse o ex-secretário. 

10h18 - Foi de uma conversa em frente ao Choppão que surgiu a ideia da visita a Silvio César, explica Zanatta. 

10h17 - Bussiki diz ter visto na imprensa que sua indicação partiu de Emanuel Pinheiro. Zanatta afirma desconhecer e que foi uma indicação partidária.

10h15 - O ex-secretário garante que suas empresas não tem nenhum contrato com a prefeitura e que não tem parentes atuando como servidores. Sobre a gravação, disse que a fez com temor de que alguma coisa fosse "mal colocada".

10h12 - Zanatta afirma que se encontrou com Emanuel este ano, mas não lembra quando: "Fui apresentar um colega do ramo farmacêutico que quer vir para Cuiabá". O ex-secretário também confirma ter participado de "um ou dois eventos" da prefeitura. Porém, diz ter sido convidado pelo senador Wellington Fagundes (PR).

10h09 - O ex-secretário responde a Marcelo Bussiki que já foi na casa de Emanuel Pinheiro em diversas oportunidades e também esteve com ele em outros locais. Afirma também conhecer Popó, mas garante que não é amigo dele. 

10h06 - Questionado se teve a intenção de obstruir a Justiça com essa gravação diz: "em nenhum momento vi obstrução. Fui chamado para ir na casa dele e fui. Como já disse, gravei a conversa, que eu não sabia o que ele queria comigo e já tinha gravado várias pessoas, várias personalidades, vários parlamentares".

10h04 - "Soube de Emanuel cobrar algo de forma ilícita como deputado?, pergunta Nadaf. Zanatta responde negativamente. Além disto, comenta que quando trabalhou na campanha de Ludio CAbral, via Silvio César no instituto de 'Popó'. 

10h02 - Zanatta diz que conheceu Emanuel Pinheiro por conta de Wallace Guimarães. Questionado por Mario Nadaf se sabia de alguma atitude ilicita do prefeito, ele responde que não.

10h - O ex-secretário afirma que não tinha a intenção de causar tumulto na investigação com a gravação. Respondendo a outra pergunta, Zanatta diz que sua indicação como deputado foi partidária e com aval de Silval Barbosa. 

09h58 - "Ajudei o Silvio pelo tempo que passei com ele no governo, vi que estava precisando", afirma Zanatta, que ainda confirma que o dinheiro não foi devolvido. 

09h56 - Adevair Cabral questiona se Zanatta tentou induzir Silvio a dizer alguma coisa para ajudar o prefeito. Ele responde que não. Além disto, garante que nunca ofereceu ajuda a Silvio Cesar: "No dia da conversa ele me pediu ajuda e na semana seguinte um amigo levou R$ 6 mil para ele".

09h54 - O ex-secretário nega ter alterado o áudio e afirma que, se soubesse que sairia na imprensa, iria com um equipamento mais tecnológico que um celular. 

09h52 - "No mesmo dia, fui na casa do prefeito e levei o celular que gravei o áudio. O Emanuel pediu para deixar o aparelho com ele e eu deixei. No outro dia, peguei o celular e fui para Goiânia (GO)", completa Zanatta.

09h50 - Adevair Cabral pergunta porque Zanatta passou o aúdio para o prefeito. Ele responde que "falei tranquilamente com o Silvio, de vários políticos e em um momento o Silvio começou a me indagar sobre o Emanuel. Quando eu fui embora, constatei que o que estava saindo na imprensa não batia com a realidade. Ouvi duas vezes o áudio e no outro dia liguei pro Emanuel e marquei de falar com ele".

09h48 - Questionado se o prefeito Emanuel Pinheiro sabia da gravação, Zanatta nega e volta a afirmar que foi uma iniciativa pessoal. Adevair insiste e pergunta se Emanuel pediu para que ele procurasse Silvio César. Novamente, a resposta é negativa.

09h47 - Zanatta diz que "o 'coxinha' me mandou um whats perguntando se eu estava em Cuiabá e se eu poderia ir com ele na casa do Silvio. Ele me pegou no apartamento da minha mãe e me levou lá".

09h45 - "Não sabia o que ele queria comigo. Não sei o que ele quer e resolvi me resguardar", acrescentou o ex-secretário.

09h43 - Zanatta acrescenta que a iniciativa de gravar a conversa foi dele: "Foi um meio meu, pessoal, de proteção, porque não sabia o motivo da conversa que o Silvio queria ter comigo".

09h41 - Adevair Cabral é quem começa com as perguntas para Zanatta: ""Foi você que gravou a conversa com Silvio?". O ex-secretário confirma que sim.

09h38 - Com um pequeno atraso, a sessão é aberta. Zanatta já está no plenário, acompanhado de seu advogado. 

09h37 - O relator Adevair Cabral também está presente. Agora, é aguardada a chegada de Zanatta. 

09h34 - O presidente da CPI, Marcelo Bussiki e o vereador Mário Nadaf já estão no plenário. O advogado do prefeito Emanuel Pinheiro, André Stumpf, também encontra-se no local. 

09h24 - A sessão será iniciada dentro de alguns minutos. Já há um grande movimento no local. 
 
08h50 -
A oitiva desta terça-feira (21) está marcada para ter início às 09h30. O Olhar DIreto acompanha os principais pontos do depoimento.
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