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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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NÃO SE FAZ DE ROGADO

“Espero que não haja corporativismo”, provoca Eder Moraes sobre representação contra promotor de Justiça que o comparou a Lula

Foto: Ronaldo Pacheco / Olhar Direto

Éder Moraes Dias afirma que esposa e filho menor estão  traumatizados por erro em investigação que os envolveu por engano

Éder Moraes Dias afirma que esposa e filho menor estão traumatizados por erro em investigação que os envolveu por engano

O ex-secretário Éder de Moraes Dias, de Fazenda e Casa Civil, entrou com representação contra o promotor Roberto Aparecido Turin, atual presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP) e ex-coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Ele entende que o promotor de Justiça extrapolou suas funções, em entrevista para um conceituado site noticioso de Cuiabá, ao comparar seu caso com do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 
A tese de Turim era de que o julgamento do habeas corpus de Lula, no plenário Supremo Tribunal Federal (STF), por extensão, poderia beneficiar Éder Moraes, denunciado na Operação Ararath, que investiga pagamentos fraudulentos do govero de Mato Grosso para empreiteiras, operações financeiras ilegais, lavagem de dinheiro e outros crimes. Isso provocou a ira do ex-secretário de Fazenda, ao observar que a Operação Ararath é sequer é resonsabiliade do Ministério Público de Mato Grosso e, sim, do Departamento de Polícia Federal.
 
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Moraes Dias revelou sua expectativa de que o promotor de Justiça seja punido. “Eu entrei com uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público e, também, na Corregedoria do Ministério Público Estadual. Estou confiando que o espírito de corpo; o corporativismo, não prevaleça! E que sejam tomadas as devidas providências contra tais abusos de autoridade, em que denigrem a imagem das pessoas e ficam por isso mesmo”, citou ele, em entrevista excluisiva para a reportagem do Olhar Direto.
 
O ex-secretário de Fazenda, da Secretaria Especial da Copa do Pantanal (Secopa) e da Casa Civil se considera perseguido. “O doutor Roberto Aparecido Turim deu uma declaração para o site O Livre, dizendo que a possível concessão de habeas corpus pelo STF para o [ex] presidente Lula, beneficiaria o Éder Moraes. Enfim, dando opinião e citando sobre a Operação Ararath”, criticou ele.
 
O fato de o MPE não fazer parte das investigações da Ararath, para  Eder Moraes, inviabiliza qualquer análise de Turim. “Primeiro ele não é parte, na operação Ararath. É uma operação federal. Não diz respeito ao Mnistério Público Estadual. E, ele, como promotor, tem o Código de Ética do Ministério Público. E  é muito claro: ele não tem que emitir opinião nem juízo de valor sobre quem quer que seja. E julgar Lula, negando ou concedendo o habeas corpus, eu estou cagando e andando para isso. Porque, para mim, isso não vai resolver nada. O que vai resolver é a minha defesa técnica  e fundamentada; substanciada  que está no Tribunal Regional Federal [TRF1] e que deverá ser julgada com imparcialiade”, sintetizou Moraes, para o OD.
 
Independente do resultado, ele poonderou que continua em pé e lutando pelos seus direitos, principalmente porque a sociedade julga e condena num piscar de olhos. “Na verdade, esse momento de inflamação que vive toda a sociedade, todo o mundo que é denunciado, independete de ser culpado ou não, já é colocado na vitrine como alguém que já tem culpa”, analisou Eder Dias.
 
Trauma da família
 
Desde que a Operação Beberé incluiu sua esposa Laura Dias e um filho menor, em investigação do Gaeco, Éder Moraes tem reclamado sistematicamente da injustiça sofrida por seus famliares. “Nós não tivemos nada a ver com isso. Eles [do Gaeco] sequer tiveram o cuidado de observar a composição societária e a entrada dos sócios na HM Comércio de Combustíveis. E colocam dois inocentes em mais de 70 sites, causando o estrado incalculável, na imagem; um abalo psicológico no meu filho e na minha esposa. E eu estou tomando providências contra isso, também. Vou entrar com reclamaçaõ e queixa crime, com o que for preciso”, afiançou ele, revelando que o pscológico da criança está afetado.
 
“Veja vocês que, na operação Bereré, solicitaram a prisão do meu filho, menor de idade e da minha esposa Laura, numa empresa em que nós éramos sócios, HM Comércio de Combustíveis, e no momento em que nós adquirimos a empresa, todo esse processo já havia acontecido. O proprietário anterior  era o [deputado Eduardo] Botelho”, afirmou Éder Moraes.
 
Outro lado
 
Ao Olhar Direto, o promotor Roberto Aparecido Turin espantou-se com a informação e disse desconhecer qualquer representação de Eder Moraes contra ele, seja no CNMP, seja na Corregedoria do MPE. Adiantou que a liberdade de expressão é garantida à todo cidadão brasileiro. "Não recebi nenhuma informação a respeito de representação contra mim, mas o que houve é que citei apenas um exemplo de uma pessoa pública, de uma pessoa já condenada, cujos autos estão disponíveis à toda a população e foi amplamente divulgados pela imprensa. Eu não julguei a pessoa do Eder, apenas usei seu caso como exemplo. Não vejo motivo para ser representado por conta disto".

Adiante, problematizou. "Quer dizer que agora eu, por ser do MPE, não poderei avaliar ou citar processos contra figuras públicas, só porque tramitam na esfera federal? Não tem nada a ver, não existe essa restrição".

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