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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Perda é grande

Várzea Grande é cidade que menos investe em tratamento de água e esgoto no país

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto/Ilustração

Várzea Grande é cidade que menos investe em tratamento de água e esgoto no país
O Ranking do Saneamento Básico, divulgado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, apontou que Várzea Grande é a cidade que menos investe em tratamento de água e esgoto no país, em relação ao investimento. Neste quesito, Cuiabá aparece bem colocada, na quarta colocação. A pesquisa foi feita com os 100 maiores municípios do país. A ‘Cidade Industrial’ também aparece como uma das que tem o pior índice de perda na distribuição.


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O índice em que Várzea Grande aparece como pior colocada é a média dos investimentos feitos em água e esgotos, comparativamente aos valores arrecadados nos últimos cinco anos. São considerados não apenas os investimentos realizados pela prestadora, mas também os feitos pelo poder público (Município e Estado). Quanto maior for essa razão, melhor posição a cidade consegue no ranking.
 
O indicador médio dos municípios equivale a 23,19%, ou seja, menos de 1/4 dos recursos arrecadados com os serviços foram reinvestidos nos serviços. Neste ranking, Várzea Grande aparece com 0% de investimentos, em relação a arrecadação. Já Cuiabá está bem colocada e figura no Top 10, situada na quarta colocação, com 85,51%. Em primeiro está Santarém (PA), com 556,2%.
 
Várzea Grande também figura entre as com piores índices nas Perdas de Faturamento Total. Neste quesito, a pesquisa procura aferir o volume de água produzida, mas não faturada. As perdas ocorrem por vazamentos, erros de leitura dos hidrômetros, furtos (gatos) e outros fatores. A cidade aparece com perdas de faturamento de quase 63%. O município também figura como um dos que mais perde na distribuição de água (60,70%).
 
O estudo aborda os indicadores de água e esgotos com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgado anualmente pelo Ministério das Cidades, e que reúne informações fornecidas pelas empresas prestadoras dos serviços nessas cidades. Os dados consultados são de 2016, os últimos publicados pelo Ministério das Cidades.

Outro lado

Em entrevista ao Olhar Direto, o secretário de Comunicação da Prefeitura de Várzea Grande, Marcos Lemos, disse que "este é um dado que tem mais de dois anos, é referente a 2016. Além disto, o estudo não contempla o investimento que vem do Governo Federal. Só do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), temos R$ 250 milhões investidos em obras de água e esgoto".

Marcos Lemos ainda acrescenta que "não querem olhar o relatório inteiro, nós temos a menor tarifia do país (R$ 1,86). Existe desperdício, perda? Não! O que acontece muito é essa questão de 'gatos'. Investimos em novas bombas, encanamentos. Tem que se manter um ritmo, investir durante dez anos. Não adianta começar e parar, a cidade cresce 7% ao ano. Claro que preocupa, porque é um serviço essêncial".
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