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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Universitários apresentam proposta para estatizar restaurante da UFMT e manter almoço a R$ 1

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Universitários apresentam proposta para estatizar restaurante da UFMT e manter almoço a R$ 1
Os estudantes que ocupam a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estão organizando grupos de estudo para elaborar uma proposta para que o Restaurante Universitário (RU) seja estatizado e tenha o preço mantido em R$ 1. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) solicitou audiência pública na Assembleia Legislativa, realizada na quinta-feira (10), onde foram apresentadas propostas, entre elas a de manter o preço de R$ 1 até 31 de dezembro deste ano.

 
Em diálogo com a Reitoria eles também participaram da criação de uma comissão para discutir a elaboração da nova política de Alimentação Estudantil da UFMT. Os estudantes que criam os grupos de estudo, no entanto, afirmam que não possuem liderança e não são representados pelo DCE.
 
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Em uma audiência pública solicitada pelo DCE, realizada nesta quinta-feira (10) na Assembleia Legislativa, com a presença do deputado Allan Kardec (PDT) e do vice-reitor da UFMT, professor Evandro Soares, foram apresentadas propostas para a solução do problema, entre elas uma para que o preço do RU seja mantido em R$ 1 até 31 de dezembro deste ano.

Além disso, o DCE, em diálogo com a Reitoria, irá participar da comissão que deve discutir a elaboração da nova política de Alimentação Estudantil da Universidade Federal de Mato Grosso. A reitora Myrian Serra se comprometeu a não implantar a nova política de alimentação até que os trabalhos da comissão sejam concluídos.

Boa parte dos alunos, no entanto, afirma que não são representados pelo DCE e que não buscam a manutenção do preço apenas até 31 de dezembro. Eles dizem que não possuem liderança e que tomam as decisões coletivamente.

Grupos de estudos estão sendo criados para elaboras uma proposta para a solução do impasse com o RU. Eles buscam encerrar a concessão do restaurante e querem que ele seja estatizado. Os estudantes permanecem nos blocos e lá passam a noite. Eles continuam se alimentando no RU.

Nem todos os cursos aderiram a greve. Os cursos de Ciências Contábeis, Administração e Agronomia, por exemplo, continuam com as aulas normalmente. Em outros cursos, como Medicina e Enfermagem, os estudantes aderiram à greve, mas não ocupam seus blocos.

Participam da ocupação os cursos de: Serviço Social, Ciências Sociais, História, Geografia, Filosofia, Pedagogia, Letras, Cinema, Jornalismo, Publicidade, Comunicação Social, Biologia, Saúde Coletiva, Direito, Engenharia de Minas, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Transportes, Engenharia da Computação, Engenharia Química, Geologia, Arquitetura, Engenharia Elétrica, Engenharia Civil, Engenharia Sanitária, Química, Física, Matemática, Estatística.

O calendário ainda não foi paralisado oficialmente e por isso os professores dos cursos que não aderiram continuaram com as aulas. Uma reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), a ser realizada na próxima segunda-feira (14), deve decidir sobre isso.
 
A comissão
 
A comissão para discutir a elaboração da nova política de Alimentação Estudantil da UFMT fará sua primeira reunião a partir de quarta-feira (16). Sua criação foi um dos encaminhamentos retirados das audiências públicas realizadas em todos os Câmpus entre 23 e 27 de abril.

De natureza propositiva, a Comissão será composta por cinco estudantes de graduação, cinco docentes e cinco técnicos administrativos, sendo um de cada Câmpus; dois estudantes de pós-graduação, representando os cinco Câmpus e um representante da Administração Superior.

A Comissão contará com o apoio dos técnicos das Pró-reitorias de Planejamento (Proplan), de Administração (Proad) e de Assistência Estudantil (Prae), que fornecerão subsídios, informações, documentos e participará das discussões, considerando as demandas e necessidades apresentadas pela Comissão.

O cronograma prevê duas reuniões a serem realizadas no Câmpus de Cuiabá, que antecederão a socialização nos Câmpus, período reservado para a propositura à gestão de cada Câmpus. Um último encontro finalizará o trabalho que será entregue à Administração Superior. A atividade se estenderá durante todo o mês de maio.

Em reunião realizada na segunda-feira (07), a reitora da UFMT, professora Myrian Serra, assumiu o compromisso de não implantar a nova Política de Alimentação até que sejam concluídos os trabalhos da Comissão e assegurou apoio logístico para isso e adesão a uma política de trabalho participativo.
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