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Taques critica delação como “verdade absoluta” e diz que denúncia do MP não é condenação

17 Mai 2018 - 15:17

Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorileo

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Taques critica delação como “verdade absoluta” e diz que denúncia do MP não é condenação
O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que ainda quer ler a íntegra da denúncia do Ministério Público contra sete deputados estaduais sobre as investigações de fraudes no Detran. Em entrevista concedida na manhã desta quinta-feira (17), o tucano pregou que o que é dito em delação não pode ser tomado como verdade absoluta, argumentou que denúncia do MP não pode ser encarada como condenação e que quer saber se, na visão dos promotores, o governo deixou de tomar alguma atitude com relação ao esquema de corrupção.

 
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“Eu não analisei ainda porque eu não vi a denúncia, eu não vi o processo. Mas eu vou fazer questão de ver a denúncia. Aliás, vou pedir a denúncia pra ler a denúncia. Porque eu quero saber qual ato nosso governo deixou de praticar. Porque desde o primeiro dia do governo nós iniciamos a tratativa a respeito desse contrato, isso tem um decreto meu, o 02, que manda fazer as auditorias nos contratos. Doutor Rogers [Jarbas, ex-presidente do Detran] fez tudo que podia fazer nesse contrato”, argumentou.
 
“Aliás, a nossa administração que diminuiu os ganhos dessa empresa. Eu queria também fazer uma pergunta. Por que não anularam esse contrato antes da nossa administração? Por que não tomaram providencias? Nossa administração fez isso e fez também em relação aos lacres, que eram R$ 22 por lacre, e diminuímos pra R$ 0,70 centavos. A pergunta que não quer calar é, por que não fizeram antes? Porque que a nossa administração fez. Eu quero saber a qual ato a nossa administração praticou ou deixou de praticar. Porque nós fomos ao Ministério Público, ao Ministério Público especial do Tribunal de Contas, perguntamos sobre o rompimento do contrato, nós temos atas a respeito disso, estão todos os atos praticados por nós relacionados no decreto de intervenção. Está tudo lá”, completou
 
A operação Bereré tem como um dos pontos de partida a delação de Teodoro Lopes, o Dóia, ex-presidente do Detran. Os irmãos Paulo e Pedro Jorge Zamar Taques, primos do governador,  foram presos na segunda fase da investigação. Após esse episódio, o ex-governador Silval Barbosa sugeriu que ambos celebrem delação premiada com a Justiça. Questionado sobre a fala do antecessor, o atual chefe do Executivo evitou polemizar diretamente com o adversário político, mas fez ressalvas a delações, sem citar o nome de Barbosa.  
 
 
“A delação está transformando vagabundos em santos. Está transformando malandros em santos, porque hoje qualquer coisa que você fala contra políticos, ou perto de político já vira a verdade absoluta. O processo é um instrumento de dignidade. Serve pra condenar, mas também serve pra absolver. E quem condena é o Poder Judiciário, ele que condena, e graças a Deus, como diria o imperador Frederico II, ainda existe Justiça no Brasil”, rebateu.
 
“Eu queria falar um pouco sobre delação. A delação é um instrumento muito importante. Aliás, eu já estudei a delação na Itália, nos Estados Unidos, é muito importante. A delação tem trazido grandes instrumentos de condenação, fazendo limpeza do Brasil. A agora, condenação com base em delação tem que ter prova. Quando o MP apresenta a denúncia, não quer dizer que o cidadão seja condenado, o processo é um instrumento de dignidade”.
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