O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que o Governo do Estado deve cerca de R$ 40 milhões em repasses na área da Saúde, relativo aos recursos que deveriam ter sido pagos este ano. Esta semana, a dívida do Executivo com os municípios foi motivo de controvérsia entre o governador Pedro Taques (PSDB) e o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios , Neurilan Fraga (PSD), que ameaça acionar o tucano no Supremo Tribunal Federal (STF) caso os repasses não sejam regularizados.

Leia mais:
- Municípios vão acionar Taques no Supremo por dívida de R$ 180 milhões da Saúde
- Taques diz que Neurilan tem direito de acionar STF, mas parte do valor cobrado é de maio

“Em dia não está, mas está sendo pago dentro do possível. Justiça seja feita, neste ano já avançou R$ 20 milhões. Um terço o Governo já conseguiu repassar para Cuiabá e derrubar o déficit passivo de R$ 60 milhões para R$ 40 milhões, então estamos avançando. Mas R$ 40 milhões ainda é muito dinheiro para Cuiabá, afeta muito o nosso planejamento, a eficiência da gestão, estamos aí numa luta constante para conseguir botar tudo em dia e vamos vencendo, pensando sempre na nossa cidade”, minimizou o prefeito, ao ser questionado sobre a polêmica.

Nesta quarta-feira (16), Neurilan Fraga afirmou que a dívida global do Governo já é de quase R$ 300 milhões e garantiu, por meio de dados, que são falsas as declarações de Taques quanto aos repasses deste ano, que segundo o governador estariam em dia.

Na Saúde, de acordo com dados apresentados pela AMM, o Estado deve R$ 184,2 milhões, em atrasos de 2018, 2017 e 2016. Com relação ao Funedes (Fundo Estadual de Desenvolvimento Social), o valor devido é de R$ 72 milhões. Do transporte escolar, R$ 11 milhões, e do Fethab a diferença de 2016 e 2017 é de R$ 24 milhões. Os dados estão disponíveis no Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças (FIPLAN) do Estado.

“Em dia não está. Houve um avanço, dos R$ 60 milhões que estavam atrasados veio para R$ 40 milhões, então houve um avanço equacionando de R$ 20 milhões. Mas tem muito passivo para trás ainda e nós estamos entendendo a situação do Estado, a gente sabe que a crise é nacional, afeta estados e municípios, então estamos aí juntos, de mãos dadas, unidos por Cuiabá”, explicou Emanuel.