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Quarta-feira, 17 de abril de 2024

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CRM abre sindicância para apurar suposta violência obstétrica em parto no HGU

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

CRM abre sindicância para apurar suposta violência obstétrica em parto no HGU
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM/MT) abriu uma sindicância para apurar um suposto caso de violência obstétrica, ocorrido no Hospital Geral Universitário (HGU), em Cuiabá. Na ocasião, Luana Lacerda Pinto, 21 anos, deu à luz seu filho, Pedro Henrique Lacerda, após quase dez horas de dor e o sofrimento. O recém-nascido não sobreviveu e morreu após 15 dias internado.


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A presidente do conselho, Dra. Maria de Fátima de Carvalho Ferreira, confirmou ao Olhar Direto a abertura da sindicância na última segunda-feira (24): “Com isto, são solicitados documentos e depoimentos para que seja analisado pelo setor que chamamos de Tribunal de Ética”.
 
“O tribunal irá analisar as manifestações, documentos anexados ao processo e só depois emitirá um parecer, que será pela abertura do processo ou arquivamento. É sempre garantido o direito de manifestação da parte que denuncia e da que está se defendendo”, explicou a presidência. Não há um prazo para o fim do processo.
 
O caso
 
Luana diz que quando chegou ao hospital foi encaminhada para um quarto de espera onde ficou das 02h30 até as 15h20 da tarde, horário do parto, onde o tempo todo conforme relato informou a equipe que estava com muita dor e que não poderia ter a criança de parto normal, pois não tinha dilatação e o médico informou que seria normal, e mais uma vez disse que não tinha dilatação.
 
"Passei a manhã toda com muita dor, por várias vezes chamei a equipe para informar que não tinha dilatação e somente no período da tarde quando eles viram que eu não estava mais aguentando e eles tentaram fazer o parto normal e perceberam que não tinha dilatação, colocaram aparelho para ouvir o coração do bebê e não ouviram os batimentos, foi ai que eles perceberam que o meu útero tinha estourado e então resolveram fazer a cesariana de emergência e me levaram para a sala de cirurgia as pressas, daí não vi mais nada", disse.
 
Luana ainda lembra-se dos momentos de dor que passou no hospital e relata que após ser levada para a sala de cirurgia, foi anestesiada e antes que a mesma fizesse efeito à equipe médica retirou o feto puxando com as mãos o que a fez sentir muita dor.
 
O pai da criança, Paulo da Silva disse que por várias vezes tentou avisar que a esposa não tinha condições de ter um parto normal, devido a não ter dilatação e que foi ignorado, sendo informado de que a esposa iria ter a criança de parto normal.
 
Luana deu entrada no hospital no dia 07 de julho, sendo liberada no dia 11 do mesmo mês. Já o bebe ficou na UTI Neonatal por aproximadamente 15 dias vindo a óbito na ultima sexta-feira (20). Familiares estão indignados e alegam que o bebê já nasceu morto e que ao dar entrada no hospital o pai da criança apresentou documento do pré-natal onde indicava parto cesáreo devido à falta de dilatação.
 
Outro lado
 
Por meio de nota, a assessoria de imprensa do HGU disse que toda assistência no parto da paciente foi dada, estritamente dentro das normas e recomendações técnicas do Ministério da Saúde, através do seu Manual de Assistência ao Parto e dos programas Rede Cegonha e Apice On, dos quais o hospital faz parte.

Veja a íntegra do posicionamento: 

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