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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Confessou participação

Cabo Gerson pode ser o primeiro ouvido na ‘CPI dos Grampos’

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Cabo Gerson (esq) confessou participação nos grampos

Cabo Gerson (esq) confessou participação nos grampos

O cabo da Polícia Militar Gerson Corrêa Júnior, que confessou a participação no esquema de grampos ilegais que aconteceu em Mato Grosso, poderá ser o primeiro ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos, que deve ser aberta na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). A afirmação foi de Janaína Riva (MDB),  que coletou dez assinaturas para abertura da investigação pela Casa de Leis. Nesta semana, o presidente da AL, deputado Eduardo Botelho irá apresentar resultado de análise da procuradoria para determinar a instauração, o que deve ocorrer somente em novembro, após o término do período eleitoral.


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“Acredito que ele [cabo Gerson Corrêa] seja o primeiro. Vai depender da análise de toda a equipe técnica, dos colegas parlamentares, mas acredito que será o primeiro ouvido”, afirmou a parlamentar.
 
Janaína ainda concordou com Wilson Santos (PSDB) que a CPI tem que investigar todos os Poderes sobre o esquema dos grampos. “Se existe a suspeita de que outras instituições tiveram participação na grampolândia, serão ouvidos também. O governador Pedro Taques (PSDB) não é o centro de ataque ou investigação desta CPI. Queremos saber se houve o envolvimento dele”.
 
“O que não aceito é o deputado Wilson Santos querer fazer uma CPI e colocar a data de investigação de 2011, 2000, 1900, como ele mesmo disse, para poder tirar o foco da grampolândia que foi revelada na TV a nível nacional e internacional, que todos ficaram conhecendo”, finalizou a deputada.
 
Bomba na madrugada
 
A madrugada do dia 28 de julho teve início com uma bomba, principalmente nos bastidores da política. Isso porque o cabo Gerson resolveu confirmar a participação no esquema e confirmar a existência dos grampos ilegais em Mato Grosso. "Vim aqui hoje pra trazer a verdade real", afirmou Gerson, último ouvido desta madrugada.
 
O cabo citou o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques. Seria ele a pessoa responsável por bancar as interceptações que seriam feitas. Zaqueu teria ligado para Gerson informando que este se encontraria com alguém que dispostos a investir nas interceptações. Gerson foi com o coronel Evandro Lesco a um restaurante na estrada de Chapada, onde se encontrava Paulo Taques, primo do governador Pedro Taques (PSDB). Paulo teria mostrado disposição em arcar com as custas dos grampos que deveriam ser feitos. O grupo embolsou R$ 50 mil para comprar os primeiros equipamentos para as escutas.
 
O cabo Gerson acrescentou que o interesse da barriga de aluguel seria do governador Pedro Taques e do ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques: "O interesse das barrigas de aluguel é do Paulo Taques e do governador".
 
Gerson Corrêa Júnior atuava no Gaeco e possuia o ‘know how’ na operação do Sistema Guardião de Interceptação Telefônica. Foi levado em 2015 para o Núcleo da Inteligência da Polícia Militar, na Casa Militar, época dos grampos. Continuou na Casa Militar até maio de 2017, quando teve prisão preventiva decretada por ter operado o esquema de interceptações telefônicas ilegais.
 
Os acusados desta ação penal militar são: Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Ronelson Barros, Januário Batista e Gerson Correa Junior. Os cinco respondem pelos crimes de Ação Militar Ilícita, Falsificação de Documento, Falsidade Ideológica e Prevaricação, todos previstos na Legislação Militar.
 
Outro lado
 
O Governo do Estado informa que o governador Pedro Taques determinou a apuração de todos os fatos relacionados às supostas escutas telefônicas clandestinas assim que a denúncia chegou ao conhecimento dele, em 2015, garantindo independência das Polícias Civil e Militar nas investigações.
 
O Governo do Estado ressalta ainda que o governador Pedro Taques solicitou ao Superior Tribunal de Justiça que ele próprio fosse investigado neste caso para comprovar, perante a Justiça, que não teve qualquer envolvimento nos fatos narrados por terceiros.
 
Já a assessoria de imprensa do ex-secretário Paulo Taques afirma que a defesa nega as acusações e que se pronunciará nos autos do processo.
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