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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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RED MONEY

Facção que movimentou R$52 mi comprou Corollas, jóias, fazendas e R$ 300 mil em gado; veja detalhes

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Delegado Luiz, da Diretoria de Inteligência da PJC

Delegado Luiz, da Diretoria de Inteligência da PJC

Durante 15 meses de investigação sobre a arrecadação e movimentação financeira de R$52 milhões de uma facção criminosa (Comando Vermelho) instalada no Estado, que resultou na operação Red Money, a Polícia Civil descobriu que o dinheiro proveniente de várias ações criminosas, era usado para compra de carros de luxos, residências em Cuiabá e Várzea Grande, propriedades rurais e até cabeças de gados.


A operação cumpriu 94 ordens de prisões, além do bloqueio de contas bancárias e da indisponibilidade de bens dos envolvidos. A atividade policial resultou ainda na apreensão de pelo menos 60 veículos, avaliados em R$ 1,7 mi de reais. 

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Segundo a decisão da 7º Vara Criminal de Cuiabá, Marcos Faleiros da Silva, que o Olhar Direto teve acesso, foi evidenciado que o montante arrecadado seria proveniente do tráfico de drogas, roubo de carros, estelionatos, mensalidades, extorsão, e outras atividades ilícitas. As informações foram descobertas através da interceptação telefônica, quebra de sigilo bancário e outras investigações, inclusive decorrente de outras operações da Polícia Civil. 
 
Diante da movimentação expressiva da facção, também ficou comprovada através das investigações da operação "Insurgentes", as três principais fontes de arrecadação da facção criminosa. São elas: A cobrança de mensalidades de traficantes para abertura de novos pontos de distribuição de entorpecentes , uma mensalidade para ser 'membro' do grupo e ainda extorsão de comerciantes. Segundo o documento, o “montante assustador” reunido pela facção é de exatos R$ 52.394.248,50.
 
No topo da pirâmide criminosa da facção está Jonas Souza Gonçalves Junior, conhecido como Batman. Com parte do dinheiro extraído de atividades ilícitas, ele gastou com jóias e correntes em ouro, que posteriormente foram empenhoradas em uma agência bancária.
 
As investigações também apontam que o dinheiro arrecadado com as atividades ilícitas era para compra de diversos veículos. Foram comprados um Toyota Corolla XEi 2.0 Flex, 2018/2018, cor prata, VW Saveiro CD Cross, 2017/2017, cor branca, Semi Reboque, 2011/2011, Caminhão Trator Mercedes Benz, 2010/2010, Caminhão Trator Mercedes Benz, 2018/2018, VW Fox TL MCV, 2016/2017, cor branca, GM S-10 LTZ, 2017/2018, cor branca, Toyota Corolla ALTS flex, 2016/2017, cor branca, VW Novo Fox Pepper, 2015/2016, cor branca. 
 
Os veículos estavam em nome de: Bruna Cristina Borges dos Santos, Thais Emília Siqueira Silva, Fabiana de Oliveira Viana, Carla Aparecida Ramos da Silva, Dayane Cristina de Souza e T.E.S Silva Transportadora Eireli.
 
As contas bancárias de Thais, Carla e Bruna também demonstraram movimentação expressiva de dinheiro proveniente da arrecadação da facção.
 
Já a suspeita Marcia Helena Lopes (irmã de Janderson cowboy) estaria adquirindo bens móveis e imóveis (semoventes e fazenda) com dinheiro proveniente do trágico de drogas. Marcia também teria recebido R$300 mil da facção, que foram “aplicados” em cabeças de gado, a favor de seu irmão, Cowboy.
 
Confira lista dos imóveis adquiridos:
 
- Terreno de 179 metros quadrados no bairro Jardim Imperial, Cuiabá.
- Residência usada como empreendimento “Reserva Rio Cuiabá” no bairro Jardim Imperial, Cuiabá.
- Terreno no bairro 1º de março, em Cuiabá.
- Terras rurais com área de 312, 3219 hectares chamado “Estância Ouro Verde V”
- Terras rurais com 169,2339 hectares chamado “Estância Ouro Verde II”


O delegado Luiz Henrique de Oliveira, Coordenador de Inteligência da Polícia Civil, disse que a deflagração da operação corresponde ao fechamento de uma etapa importante da investigação e agora iniciará um trabalho mais técnico, de análise dos documentos apreendidos, interrogatórios, oitiva de testemunhas, identificação de outros suspeitos

Conforme ele, além das prisões, o objetivo principal é a apreensão do patrimônio e descapitalização da organização criminosa. “A operação Red Money indica que a Polícia Judiciária Civil avançou um degrau na forma de se combater as facções criminosas no Estado, precisamos focar no aspecto financeiro e patrimonial para enfraquecer essas organizações criminosas”, frisou.

O delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Diogo Santana, chamou atenção para o fato de que várias pessoas forneceram conta bancária para que fosse movimentado dinheiro ilícito, e, agora, terão que informar a mando e interesse de quem fizeram isso. “Qualquer pessoa que empresta sua conta bancária para movimentar valores ilícitos pode incidir no crime de lavagem de dinheiro”, afirmou.
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