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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Selma nega que tenha faltado reunião e se diz surpresa com recusa do PSDB em dividir propaganda

Foto: Rogério Florentino Pereira/ OD

Selma nega que tenha faltado reunião e se diz surpresa com recusa do PSDB em dividir propaganda
A juíza aposentada Selma Arruda (PSL) negou que tenha “faltado” à reunião realizada na tarde de quarta-feira (29) entre representantes de sua candidatura e membros do PSDB para tratar da divisão de tempo de televisão da coligação e se disse “surpresa” com a recusa dos tucanos em partilhar de maneira igual a propaganda gratuita.


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Conforme divulgado ontem por Olhar Direto, o fato de a juíza aposentada não ter comparecido à reunião revoltou tucanos, pelo fato de o encontro ter o intuito de discutir um pleito da candidata. Por meio de nota, no entanto, Selma garantiu que o encontro era direcionado aos presidentes de partido e reforçou que o deputado federal Victório Galli, que comanda o PSL em Mato Grosso, a representou na discussão.  
 
“Cabe frisar que a referida reunião foi convocada pelo presidente do PSDB, o senhor Paulo Borges, e não pela juíza Selma Arruda, conforme divulgado”, sustentou a nota, produzida pela coordenação de campanha da juíza aposentada.
 
“A coordenação esclarece ainda que ficou surpresa com a recusa do partido tucano em não dividir o tempo de programa eleitoral de forma igualitária com o PSL, sob a justificativa de não estar autorizado a dar palanque a [Jair] Bolsonaro, no entanto, o PSDB queria coordenar à visita do presidenciável à Cuiabá, mostrando um incongruência no posicionamento”.
 
Ao término da reunião, o presidente do PSDB em Mato Grosso, Paulo Borges, afirmou que Selma e o candidato Nilson Leitão (PSDB) deveriam conversar ainda ontem para tratar do assunto, o que também foi desmentido por Selma. “Cabe informar a todos que não haverá nenhuma reunião nesta quarta-feira, pois a candidata cumpre agenda em Rondonópolis, inaugurando o QG Pró-Bolsonaro”, finalizava a nota, encaminhada à imprensa na noite de quarta.
 
A reunião
 
A reunião convocada para a tarde de quarta-feira não cumpriu sua principal função: apagar o incêndio da nova crise instalada na chapa governista. Para tucanos, a ausência de Selma acabou por jogar mais gasolina no problema. A magistrada aposentada ameaça ir à Justiça para abocanhar metade do tempo de televisão destinado ao PSDB. Os outros partidos da coligação discordam.

Leitão entende que deve ficar com a propaganda integral do PSDB e Selma do PSL e defende uma divisão somente do tempo dos demais partidos aliados. A tese é compartilhada pelas demais agremiações que compõem a coligação “Segue em frente Mato Grosso”, conforme ficou claro na reunião.

Victório Galli e Paulo Borges dicutiram na tarde de quarta-feira (29) a divisão do tempo de propaganda entre Nilson Leitão e Selma Arruda.
 
Ao final da reunião, Paulo Borges, presidente estadual do PSDB, afirmou que a tese de Leitão é a acatada pela maioria. Seguindo essa estratégia, o tucano deverá ter 1 minuto e 4 segundos de tempo de horário eleitoral, enquanto Selma terá 28 segundos para se apresentar ao eleitor na propaganda gratuita.

“Essa reunião deliberativa foi provocada pela candidata ao Senado Selma Arruda, foi de plano acatado pelos partidos. Fizemos a reunião, deliberamos o entendimento, um alinhamento e tudo certo, tudo resolvido, e vamos trabalhar e pedir votos”, tentou minimizar. “A grande a maioria quase absoluta, menos o PSL, entendeu que cada partido fica com seu tempo”, completou.

“Isso ai foi um entendimento da grande maioria dos presidentes de partidos que formam a coligação. Nós tivemos a presença do deputado Nilson Leitão [na reunião]. Então eu quero aqui agradecer esse desprendimento do deputado Nilson, que pelo fato de a Selma não estar presente, ele saiu do recinto. Não participou, deixou que os presidentes tomassem conta. Então tudo o que nós decidimos aqui pode ser mudado em uma conversa do deputado Nilson com a juíza Selma, que eles deverão ter de hoje para amanhã”.

Diante da possibilidade de Selma recorrer à Justiça, Paulo Borges cobrou ponderação. “Eu acho que vai prevalecer o bom senso, a união do grupo, a lealdade, é isso que a gente prega. Tem um conjunto de candidatos que têm muito a ganhar e muito a perder caso haja uma briga. Nós não precisamos de uma briga interna”, argumentou.

Pleito de Selma

A juíza aposentada Selma Arruda afirmou em entrevista concedida ao Olhar Direto na última segunda-feira (27) estava se sentindo prejudicada e que iria tentar negociar a divisão de tempo internamente antes de buscar meios legais. “Essa questão está sendo discutida na coligação. E eu me vejo prejudicada, porque a coligação na quer me dar isonomia, não quer me dar minha parte do tempo como eu tenho direito. Eu ainda estou em negociação, não é algo definitivo, mas se não me derem esse direito eu vou ter que recorrer à Justiça”, disse Selma Arruda.
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