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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Governo decreta luto de três dias pela morte de quilombola Antônio Mulato

Foto: Assessoria

Governo decreta luto de três dias pela morte de quilombola Antônio Mulato
O governador Pedro Taques (PSDB) decretou luto de três dias pela morte do líder quilombola Antônio Benedito da Conceição, conhecido como Antônio Mulato, que faleceu neste sábado (15) aos 113 anos na cidade de Várzea Grande, onde estava internado. Em nota, o chefe do Executivo disse que a sociedade mato-grossense não esquecerá da sua luta pelos direitos quilombolas.


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“Foi com profundo pesar que recebi a notícia da morte do Seu Antônio Mulato. Com 113 anos, ele era um dos homens mais velhos de Mato Grosso, líder do quilombo Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento. A sociedade mato-grossense não se esquecerá dos seus grandes homens, como este que lutou pelos direitos dos quilombolas”, disse.

Entre os candidatos ao Senado, a ex-reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maria Lúcia Cavalli Neder (PCdoB) também prestou solidariedade a comunidade quilombola e recordou a luta de Antônio Mulato pela educação.

“Sua história de vida inspira os povos quilombolas e a todos nós que acreditam na educação como instrumento de transformação e emancipação. Graças a sua luta e consciência, na década de 1940 foi instalada a primeira escola pública em uma comunidade quilombola, sob forte resistência das elites dominantes”, afirmou.

O Ministério Público Federal (MPF) também emitiu uma nota lamentando a morte de Antônio Mulato, dizendo que mesmo com 113 anos, o líder quilombola não conseguiu ver um de seus maiores sonhos, que era a conclusão de regulamentação do Quilombo Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento.

Mulato sofria de mal de Parkinson e Alzheimer, e estava internado há 10 dias no pronto-socorro de Várzea Grande. De sua descendência, além dos 13  filhos, deixou 38 netos, 44 bisnetos, 29 tataranetos e quatro trinetos.

Em sua trajetória de vida, Antônio Mulato se destacou por lutar pela igualdade racial. Em 1940, conseguiu instalar a primeira escola pública do Brasil em uma comunidade quilombola. Nas décadas de 1950, 1960 e 1970, em decorrência de sua defesa da terra quilombola, Mulato recebeu incontáveis ameaças de morte, por não aceitar deixar as terras que receberam da ‘sinhazinha’.

Até o fechamento desta matéria, nenhum outro candidato ao Governo e ao Senado havia se manifestado sobre a morte do líder quilombola.
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