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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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BRIGA NA JUSTIÇA

Ex-marqueteiro entrega gravações de circuito interno que supostamente desmentem Selma Arruda

Foto: Rogério Florentino Pereira/ OD

Advogado José Antônio Rosa (esq) ao lado de Junior Brasa

Advogado José Antônio Rosa (esq) ao lado de Junior Brasa

O publicitário Junior Brasa, ex-marqueteiro de Selma Arruda (PSL), candidata ao Senado, esteve no Ministério Público Federal (MPF), no final da tarde desta segunda-feira (01), prestando depoimento voluntário a respeito da acusação de que estaria extorquindo a juíza aposentada. À procuradora regional eleitoral, Cristina Nascimento, Brasa reiterou as informações contidas na ação monitória que moveu contra Selma e ofereceu imagens de circuito interno de sua empresa, a Genius Produções Cinematográficas, que supostamente desmentem algumas declarações que foram dadas pela candidata em uma coletiva de imprensa feita na tarde de hoje.


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“Eu senti a necessidade de colocar a situação voluntariamente, procurar a Dra. Cristina para narrar a ela todos os fatos desde a minha contratação, até o dia da rescisão e até a minha decisão de entrar com a ação de cobrança. Hoje [na coletiva] soltaram uma gravação de um telefonema que a Selma fez para mim, e eu até achei legal eles publicarem aquilo, porque fica bem claro naquela gravação que eu não fiz nenhuma extorsão e nem nada”, disse o publicitário.

Brasa acusa Selma de ter manipulado o áudio da ligação, questionou o fato de a juíza a aposentada não ter apresentado a íntegra da gravação e afirmou que ofereceu, à procuradora Cristina Nascimento, as imagens de circuito interno da Genius, tanto das reuniões que manteve com Selma desde abril, quanto dos supostos encontros denunciados pela candidata entre ele, o candidato Nilson Leitão (PSDB) e seu marqueteiro, o jornalista Mauro Camargo.

“Me incomodou que eles manipularam, porque aquela ligação durou mais ou menos cinco minutos e ali tem só dois minutos e pouco. E eu não entendo por que eles cortaram o final. No final do áudio está a prova de que eu não extorqui, porque eu falei de valor com ela, com desconto, falei de parcelamento em até três vezes para pagar a dívida. Eu flexibilizei. Ela insistiu falando que ‘ai, saiu uma notícia aqui’ e eu falei ‘olha, essa notícia é de um site que ninguém sabe que site que é esse, de um jornalista que o Kleber [Lima] pediu para contratar no começo da campanha, então eu entendo que o Kleber deve saber que notícia que é essa. Porque para mim essa notícia é fakenews’. É uma mentira, minha empresa tem câmera, eu tenho como provar que não existiu essa reunião lá, então eu não estou preocupado com isso”, declarou Junior Brasa, após o depoimento prestado no MPF.

Acusado de extorsão

Na tarde desta segunda-feira, poucos minutos antes de o publicitário comparecer ao MPF, Selma concedeu coletiva de imprensa para anunciar que iria denunciar por extorsão além de Brasa, os advogados José Rosa e Lauro da Mata, e seu adversário, o candidato ao Senado Sebastião Carlos (Rede). Segundo a juíza aposentada, todos estariam juntos em uma “armação eleitoral” contra ela.

“Fica fácil a gente juntar esses elementos e saber porque isso, embora tenha sido protocolado ação de cobrança do Brasa no Fórum às 17h, no outro dia às 8h tinha uma investigação promovida por um candidato laranja [Sebastião] no TRE, é óbvio que foi armação, óbvio que foi comitê da maldade”, disse Selma.

Durante a manhã, Sebastião Carlos esteve na OAB protocolando um pedido para que a Ordem acompanhe as investigações sobre o suposto ‘caixa 2’ praticado por Selma Arruda. O candidato negou que esteja agindo em conluio com outros candidatos e comparou sua adversária com o personagem da literatura francesa ‘Tartufo’, considerado símbolo da hipocrisia no mundo.

Lauro da Mata, por sua vez, era advogado de Selma no início da campanha, mas foi substituído por Diogo Sachs, que segue fazendo a defesa da candidata. Para a juíza aposentada, da Mata também faz parte da trama “armada” contra ela.

Já José Antonio Rosa é advogado do governador Pedro Taques (PSDB), que encabeça a coligação da qual Selma faz parte, mas declarou “independência” há cerca de um mês. “Eu tenho gravações desde o primeiro dia em que ela entrou na minha empresa. Ela deve e tem que pagar. Ela está tentando desvirtuar. O dr. Antonio Rosa é meu advogado há mais de três anos, se vocês forem olhar tem um monte de processo meu com o nome dele, isso não é nenhuma novidade. Foi uma coincidência de o meu advogado estar em uma coligação”, justificou Junior Brasa.

“O primeiro passo foi vir aqui no Ministério Público para esclarecer. Eu até mostrei a gravação, que até então eu não tinha porque eu não ando gravando telefonemas de ninguém, para mim isso é coisa de gente mal-intencionada, mas eu peguei essa gravação que ela disponibilizou e mostrei para a doutora [Ana Cristina]. Eu questionei o porquê de, em dado momento, a voz dela some, que ela não dá resposta, depois corta o áudio. Se ela está dizendo que essa gravação comprova algo, então que divulgue tudo, porque eu não tenho medo de nada, eu sei o que eu fiz e sei o que eu falei. Eu não estou preocupado, porque a verdade vai aparecer”, pontuou o publicitário.
 
 
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