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Sábado, 20 de abril de 2024

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Entrevista

Candidato a deputado federal, ex-comandante da PM fala de grampos, melhorias em segurança e educação

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Candidato a deputado federal, ex-comandante da PM fala de grampos, melhorias em segurança e educação
Coronel da Polícia Militar, instituição na qual atua por mais de 28 anos, o ex-comandante geral da corporação Jorge Luiz de Magalhães, de 48 anos é um dos dois nomes do PSD na disputa por uma das oito vagas na Câmara Federal na eleição de 7 de outubro.


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Com um discurso de valorização da família e levantando bandeiras como educação, combate a corrupção e segurança pública, o coronel elogia o ingresso de vários militares na política e avalia que a classe precisa de uma representação maior nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional.

Em entrevista ao Olhar Direto na tarde desta quinta-feira (4), o militar falou sobre assuntos como segurança nas fronteiras, o escândalo envolvendo policiais em grampos clandestinos durante o atual governo e as condições da PM no Estado.

 
Confira alguns assuntos discutidos com o militar:
 
Entrada na política

Eu entendo que as pessoas de bem tem que vir para política, senão não vamos conseguir mudar a realidade que está aqui. Acredito que a política é um instrumento de transformação social. É responsabilidade do poder público investir e criar políticas públicas para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Por isso coloquei meu nome a disposição para o cargo de deputado federal.

Bandeiras que levará para Congresso

Evidentemente uma das bandeiras que vamos estar levantando é a questão da segurança. Eu penso que com esta experiência minha de 28 anos, vou poder contribuir muito na discussão no sentido de buscar alternativas. Sempre tenho colocado que segurança não é só assunto de polícia, assim como é assunto de educação, saúde, do Ministério Público e do Poder Judiciário. Entendo que segurança pública tem que ser discutida em um aspecto maior. Ao meu ver, os crimes que mais abala o cidadão é o homicídio e a corrupção. Então nós precisamos levantar estas bandeiras.

Militarização de escolas

Entendo que este país só vai conseguir reduzir drasticamente os indicadores de violência investindo na educação. Então defendo o investimento maciço na educação para que possamos reduzir isso. Os colégios militares são uma realidade. Ano passado, a escola Tiradentes de Cuiabá foi a que teve entre as escolas públicas o melhor resultado no Enem. Nós sabemos que podemos manter esta excelência em outras escolas, basta que haja investimento. Temos que buscar sempre aquela educação emancipadora que leve o jovem a pensar e interpretar. Precisamos investir na educação para ter um país melhor.  

Combate a corrupção

Temos que endurecer, por que nós sabemos que é por causa da corrupção é que não temos dinheiro para investir na saúde, na educação e na e segurança pública. Então precisamos criar legislações para que possamos punir severamente o crime de corrupção neste país.

Aborto e descriminalização de drogas

Eu falei que uma das bandeiras minhas seria a segurança, mas a minha bandeira principal é a bandeira da família. Existem projetos como estes tramitando no Congresso Nacional, mas precisamos sim fazer o enfrentamento a estes projetos que tem como objetivo, ao meu juízo, acabar com a família brasileira. Esta é uma discussão que pretendo levar para Câmara Federal, o meu posicionamento firme em relação estes projetos que ao invés de fortalecer a família brasileira, tem como objetivo acabar. É o caso de questões como ideologia de gênero, a legalização do aborto tornar como profissão a prostituição. Todos estes projetos que tem como objetivo destruir a família vou estar me posicionando firmemente contra.

Taxação do Agro

Eu entendo que o Estado tem que se preocupar com três coisas. Saúde, educação e segurança. Eu defendo um estado mínimo e defendo que temos que ter uma discussão muito forte para diminuir a máquina pública. É preciso que sobre dinheiro para investimento e o brasileiro não agüenta mais pagar impostos. Com relação a Lei Kandir, eu defendo que tem que haver sim a compensação para os estados e municípios pelas perdas ocasionadas pela Lei Kandir. Vou estar brigando firmemente para que isso aconteça. Vou estar brigando também pela revisão do Pacto Federativo. A distribuição do bolo tributário é muito injusta. A União hoje fica com 60%, os Estados 25% e os municípios com 15%. Temos que investir mais nos municípios, por que é neles que as pessoas vivem. Defendo que Mato Grosso tem que se tornar um estado forte. Não podemos se orgulhar somente de ser aqui o maior produtor de grãos e a maior produção de gados bovinos. Por que todas as vezes que estarmos exportando a carne in natura, vamos estar criando empregos em São Paulo, no Rio Grande do Sul, na China, na Alemanha e menos em Mato Grosso. Vamos precisar da industrialização, por que é através dela que vamos gerar emprego, renda e vamos criar oportunidade para as pessoas. O estado e os municípios precisam se preparar para isso. Nós temos ainda um problema sério de infraestrutura, de logística, o imposto que é cobrado hoje no óleo diesel com a alíquota de 17% encarece. É preciso que tudo isso seja revisto.

Policiais militares na política

Ainda não temos representantes no Congresso e na Assembleia, mas na Câmara Municipal de Cuiabá temos dois representantes, o sargento Elizeu e o sargento Joelson, além de representantes em outros municípios nós também temos policiais militares participando da política ativamente. Nós somos uma instituição de 7,8 mil servidores na ativa. Talvez seja a única instituição pública estadual presente em todos os municípios. Os policiais estão sentindo a necessidade de tornar esta instituição forte. Já temos projetos tramitando na Câmara Federal que vão impactar em nossas carreiras. Então a representação política é uma necessidade dentro das instituições militares.

Segurança pública no estado

Eu queria parabenizar não só os policiais militares, mas todos os servidores da segurança pública do Estado. Parabenizo os policiais civis, os bombeiros militares, os agentes da politec e os agentes prisionais. Mato Grosso vem reduzindo drasticamente os indicadores de criminalidade, principalmente o roubo, o furto e o homicídio. Mas sabemos que paralelamente esta redução, a sensação de insegurança está aumentando. Isso acontece por que hoje não se consegue manter as pessoas presas em virtude da política criminal. Isso não é culpa do Poder Judiciário, não é culpa do Ministério Público e nem das polícias, mas sim desta legislação criminal que precisa ser revista. Um exemplo é a audiência de custódia, que é um mecanismo fantástico para a ressocialização, de dar uma segunda chance para uma pessoa que praticou um delito. Agora não podemos utilizar a audiência de custódia com o objetivo de redução carcerária. Isso tem que ser discutido neste aspecto.

Grampolândia

Na época que aconteceu este fato e que a Polícia Militar foi acusada de ter feito interceptação ilegal eu era o comandante da instituição. Eu estive no Mistério Público, no Poder Judiciário, na Procuradoria Geral da República aqui em Mato Grosso, em Brasília e falei que a Polícia Militar não fez, a Polícia Militar não faz e a Polícia Militar não fará qualquer tipo de interceptação telefônica ilegal. Existe ai indícios de participação de policiais militares, isto é fato, mas a única instituição que concluiu um inquérito e encaminhou para a justiça, para que possa processar, julgar e comunicar a responsabilidade das pessoas acusadas foi a Polícia Militar. Eu perdi o comando da instituição afirmando isso e fiz isso enquanto comandante geral que é o que a tropa esperava de um comandante e o que a sociedade espera de todo agente público.

Fronteiras

Mato Grosso não produz cocaína e não temos nenhuma indústria bélica que produz armas. Se olharmos no sistema prisional do estado vamos perceber um número significativo de pessoas cumprindo pena por tráfico de entorpecente e porte ilegal de armas. É preciso que a União seja chamada para este enfrentamento. Somente o estado através do Gefron não será capaz de fazer o policiamento em uma extenção de 750 quilômetros que temos com a Bolívia. Se o Deus e o povo mato-grossense me der a oportunidade ser seu representante, além de estar brigando pela política criminal e fazer uma defesa forte em relação a família, vamos estar cobrando a responsabilidade da União para que nós possamos fortalecer o policiamento na fronteira. Vamos precisar do Exército e de mais delegacias da Polícia Federal.

Proposta para PM

Sempre digo que a redução dos indicadores de criminalidade é uma realidade, mas é graça ao profissionalismo das instituições que compõe a segurança pública. São homens e mulheres que diariamente arriscam suas vidas para salvarem vidas. Então todo este sucesso com relação a redução de crimes se deve ao profissional. Evidentemente que precisamos dar condições para estes profissionais para que eles possam melhorar a prestação de serviços ainda mais, para que eles possam ter condições para fazer este enfrentamento. Eu quero estar lá em Brasília ano que vem buscando recursos, através de emendas parlamentares ou através de convênios para que possamos investir na modernização e no reaparelhamento nas instituições de segurança pública do estado de Mato Grosso.
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