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2018

Atrasados do Enem culpam horário de verão e dificuldade para estacionar; veja fotos e vídeos

04 Nov 2018 - 12:10

Da Reportagem Local - Thaís Fávaro / Da redação - Isabela Mercuri

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Atrasados do Enem culpam horário de verão e dificuldade para estacionar;  veja fotos e vídeos
A falta de lugar para estacionar e o horário de verão prejudicaram alguns estudantes que queriam fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo. Os portões se fecharam às 12h, e mesmo aqueles que chegaram apenas alguns segundos depois foram impedidos de entrar. Um deles foi Thiago Santos, 18, morador do Cristo Rei. Ele pretendia fazer o curso de educação física, e chegou às 11h50, mas não encontrou lugar para estacionar perto da Unic Beira Rio. 


Outro caso foi o de Geane, também moradora do Cristo Rei que se confundiu por conta do horário de verão, e achou que os portões fechariam às 13h. Ela, que chegou pouco depois do meio-dia, achou que estava adiantada. Geane já tem uma graduação, e queria fazer direito..







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As movimentações na porta da Universidade de Cuiabá (Unic), unidade Beira Rio, no entanto, começaram cedo neste domingo (4). Por conta do menor número de inscritos, a prova será realizada somente na ‘Unic 2’, a antiga UniRondon. Por volta das 10h, o estudante Juliano Moraes, 18, já estava lá, esperando pelo momento de abertura dos portões. Ele, que termina o ensino médio neste ano, no Liceu Cuiabano, quer fazer direito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e foi até o local de uber.

Juliano Moraes estava em frente ao portão desde as 10h (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

E ele não foi o único adiantado. A estudante Maitê, de 17 anos, estava junto à ‘tenda’ de seu colégio, o ‘Salesiano Santo Antonio’, onde os alunos conseguiram tempo até para fazer um bolão de temas da redação. Ela quer fazer jornalismo, e conta que está mais tranquila para esta primeira prova do que para a da próxima semana. “Ontem fiquei acordada até meia noite pra esperar, pra ter certeza que o horário ia virar [no celular], e pra dar tudo certo”, contou. Ricardo, professor de física do São Gonçalo, afirma que a tensão é normal. “É sempre aquela tensão, mas a gente sempre vem dar aquele apoio de última hora pra poder acamá-los e dizer que está tudo certo, que o que eles aprenderam ao longo de toda a vida acadêmica está com eles, então é só ter calma e fazer a prova”.

Maitê quer fazer jornalismo (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

Regina, que estava junto de duas filhas que se preparavam para fazer a prova, acredita que a participação dos pais também é essencial. “A gente estava falando com os professores, que é como se estivéssemos os levando no jardim 1, jardim 2... pelo menos pra nós é um privilégio, um orgulho. Os pais têm que fazer isso, tem que apoiar, incentivar. Pra gente é uma satisfação enorme participar. E passa uma tranquilidade e firmeza pelos pais estarem juntos, é uma honra”, afirmou.

Regina acompanhou as duas filhas (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

Para a candidata Maria Cristiane, 32, que é cadeirante, uma das maiores dificuldades foi encontrar lugar para estacionar. “Eu acho que tinha que ter liberado este estacionamento, porque tive que parar lá longe. Da outra vez fiz no Salesiano Santo Antônio. Lá é tranquilo, é coberto”, lembra. Ela vai tentar ingressar na universidade e terminar seu curso de administração.

Maria Cristiane (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)



Algumas pessoas, por outro lado, foram até o local somente para ajudar. Eduardo Souza, da Igreja Batista Nacional do Cristo Rei, é um deles. Ele conta que oferece uma oração para qualquer um que quiser. “A gente não conhece ninguém, mas todo mundo que passa aqui a gente faz uma oração, pedindo pra ter calma, pra ter paciência, porque eu já passei por isso, eu sei quão grande era minha ansiedade na época. Eu lembro da pressão que eu vivia, e sei que muitos deles podem estar passando pela mesma situação. Alguns deles estão aqui pra fazer a prova e começam a se lembrar do que o pai falou em casa, de que ele precisa estudar, precisa ser alguém, e isso impede de fazer uma boa prova. A oração faz com que ele se esvazie, deixe de lado esses pensamentos ruins, que dizem que ele é fracassado, ou que não vai conseguir... eles deixam tudo isso de lado, e o coração fica vazio, e o conhecimento que eles tiveram, estudando noites em claro, começa a vir e eles fazem uma boa prova com muita calma, muita paciência”, afirma.

Eduardo Souza​ (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

O comerciante Jefferson Rodrigues, 49, que vendeu água no portão, contou à reportagem que faz o mesmo todos os anos, mas que desta vez conseguiu arrecadar somente R$300. "Os anos anteriores foi muito bom, mas neste ano deu uma queda, acho que porque diminuiu um pouco, em relação aos anos anteriores vendeu menos. Hoje devo ter vendido em torno de R$300 mais ou menos. Da vez passada eu vendi R$900 a mil reais, entre água e caneta, no primeiro dia da prova". Apesar disso, ele pretende voltar no próximo domingo. 



Enem

A primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acontece nesse domingo (4) em todo o país. Mato Grosso teve 96.793 inscritos, que devem fazer as provas em 57 municípios do estado. Em todo o país, 5.513.712 inscrições foram confirmadas.

Nesse primeiro domingo serão realizadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e ciências humanas e suas tecnologias, os estudantes terão 5h30 para realizar as provas. No próximo domingo (11), serão aplicadas as provas de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias, o tempo para realização da prova será de 5h. Em Mato Grosso os portões abriram às 11h, e o fechamento foi às 12h. O início da prova será às 12h30.

O Enem 2018 tem o menor número de inscritos confirmados desde 2011, das 6.774.891 inscrições somente 5.513.662 foram confirmadas. De acordo com o Ministro da Educação, Rossieli Soares, a queda de inscrições é justificada pela migração de estudantes que desejam as certificações do ensino médio, da prova do Enem, para o Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja), novamente responsável pela obtenção do certificado desde 2017.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aponta que a maioria dos participantes, 40.140, estão entre os 21 e 30 anos. Participantes com 18 aos representam 17% do total de inscritos. Do total 59,1% são mulheres.







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