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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Cabeça Branca

Irmão de ex-prefeito, ‘Ursinho’ era responsável por chefiar núcleo mato-grossense de megatraficante

Foto: Reprodução

Irmão de ex-prefeito, ‘Ursinho’ era responsável por chefiar núcleo mato-grossense de megatraficante
Alessandro Rogério de Aguiar, conhecido entre outros apelidos por: ‘Ursinho’, ‘Pelúcia’ ou ‘Urso Pequeno’, era o responsável por chefiar o núcleo operacional do tráfico da cocaína do megatraficante internacional Luiz Carlos da Rocha, vulgo “Cabeça Branca”, nas regiões de Brasnorte e Campo Novo do Parecis. As informações constam na investigação da Polícia Federal. Ele é irmão do ex-prefeito Eudes Tarciso de Aguiar (DEM), um dos alvos de mandado de prisão da ‘Operação Sem Saída’.


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Conforme a decisão, que decidiu pela prisão de quatro acusados, incluindo Alessandro, ‘Ursinho’ integrava a organização criminosa chefiada por ‘Cabeça Branca’. Ele chefiava o núcleo operacional do tráfico da cocaína nas regiões de Brasnorte e Campo Novo do Parecis. Isto ficou evidenciado em escutas gravadas pelas autoridades em datas próximas aos carregamentos de droga apreendidos na investigação.
 
Há ainda fortes elementos indiciários de que Alessandro participava como interposta pessoa em atos de lavagem de dinheiro que beneficiavam ‘Cabeça Branca’ e o grupo criminoso.
 
“Nesta situação enquadram-se a aquisição da FAZENDA SCENY ou SÃO JUDAS TADEU II; a compra da FAZENDA MAZA IV; a exploração da FAZENDA JUARA II e a tentativa de comercialização, pelo investigado, de equipamentos agrícolas que embora estivessem em nome de HAMILTON BRANDÃO DE LIMA (também "laranja" de LUIZ CARLOS) pertenciam ao traficante”, diz trecho da decisão.
 
Durante as investigações a Polícia Federal também descobriu movimentações financeiras suspeitas nas contas do ex-prefeito de Brasnorte, Eudes Tarciso de Aguiar (DEM), que é irmão dele e também foi preso durante a ‘Operação Sem Saída’, deflagrada na quinta-feira (22) pelo órgão e nas empresas das quais os dois são sócios.
 
Nos endereços de ‘Cabeça Branca’, foram encontrados documentos (anotações de dados bancários e/ou comprovantes de depósitos) ligados às empresas FAMA e INSTITUTO BIODIVERSIDADE, com as quais foram realizadas as transações bancárias envolvendo o ex-prefeito e as empresas de Alessandro.
 
“Essas operações parecem visar a dissimulação do real depositante (Cabeça Branca) e da origem espúria dos recursos, o que, em tese, caracterizaria igualmente delitos de branqueamento de valores”, diz outro trecho da decisão.
 
Há indícios ainda de que Alessandro teria participado da exportação de carga de cocaína para a Europa via Porto de Paranaguá (PR), fato que titpificaria envolvimento em tráfico internacional de drogas.
 
No fim de outubro de 2018, mesmo após a prisão de ‘Cabeça Branca’, Alessandro se encontrou com outro investigado em situação suspeita, sugerindo que ambos permanecem praticando o tráfico de drogas.

Operação

A denominada Operação Spectrum está em sua 4ª fase ostensiva, tendo até o momento arrecadado aproximadamente 500 milhões de reais em patrimônio da organização criminosa comandada por Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, somente em solo brasileiro. Dentre os bens sequestrados estão 16 fazendas que somadas representam uma área de aproximadamente 40 mil hectares no Estado do Mato Grosso.
 
Somente nesta ‘Operação Sem Saída’ o patrimônio arrecadado será de mais de 100 milhões de reais, considerando que somente em fazenda são mais de 11 mil hectares.
 
Esta é a maior operação da história da Polícia Federal na desarticulação patrimonial de organização criminosa com atuação no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

Durante as investigações da Operação Spectrum, a PF desarticulou uma estrutura criminal criada visando o tráfico internacional de drogas. Esse esquema era comandado por Luiz Carlos da Rocha, mais conhecido como “Cabeça Branca”. Ele era tido como um dos maiores traficantes da América do Sul, tendo conexões em dezenas de outros países.
 
Luiz Carlos da Rocha era procurado pela Polícia Federal e pela Interpol. Ele foi preso no município de Sorriso no dia 1º de julho de 2017 e chegou a fazer algumas cirurgias plásticas na face para dificultar sua identificação. Ele foi condenado a 49 anos de prisão.
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