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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Após operação

Geller nega ter recebido propina e diz não ter problema em quebrar sigilo bancário e telefônico

Foto: Rogério Florentino/ Olhar Direto

Geller nega ter recebido propina e diz não ter problema em quebrar sigilo bancário e telefônico
O  deputado federal eleito Neri Geller (PP) negou as acusações de que tenha recebido propina no valor de R$ 250 mil em um esquema quando atuava como gestor no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em visita ao site Olhar Direto, na manhã desta terça-feira, 27, ele asseverou não ter problemas em  disponibilizar a quebra de sigilo telefônico e bancário para ajudar nas investigações conduzidas pela Polícia Federal. Geller foi preso e liberado, dois dias depois, após conseguir um Habeas Corpus.


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Em entrevista ao Olhar Direto, Geller afirmou ter estranhado a sua prisão por nuca ter sido processado e nunca ter prestado qualquer depoimento a alguma autoridade policial em toda sua vida.

“Eu fui citado na delação por uma pessoa há  dois anos. Os principais delatores que são  o Joesley,  o Ricardo Saud e o doleiro -  que fazia operações - são firmes em falar que todas as minhas ações no Ministério foram transparentes, que eu como ministro nunca negociei nenhuma vantagem com à JBS. Nunca fui chamado pela Polícia Federal, nunca fui indiciado nos meus 22 anos de vida pública. A primeira vez que eu prestei um depoimento foi agora”, disse o progressista, que garantiu nunca ter recebido propina e que não teria o problema em ter sigilo telefônico, além de bancário levantado.

“Propina não existiu. Apoio político que eles questionam eu dei. Eu apoiei a Dilma, mas não tive participação e muito menos acesso a recursos do diretório do PT aqui. Se tiver que quebrar meu sigilo bancário e telefônico por ventura, estou muito tranqüilo. Isso não aconteceu, mas se acontecer eu não tenho nenhum problema em relação a isso”, assegurou.

Eleito como o quarto deputado federal em Mato Grosso, com mais de 73 mil votos, Neri reconhece que a prisão pós-eleição trouxe prejuízos à sua imagem, porém não criticou a ação da Polícia Federal, que em sua opinião está fazendo um excelente trabalho contra a corrupção. Todavia, o ex-ministro garantiu que provará sua inocência no caso e fará um mandato de cabeça erguida.

“Este caso foi chato e,  infelizmente,  aconteceu isso. É uma coisa que me frustrou muito, fiquei 15 dias sem entender. Agora tive acesso ao processo e não critico a Polícia Federal, pois está fazendo um trabalho importante para o país. Mas neste caso irá ser restabelecida a verdade e estou muito tranqüilo quanto a isso. Não vou andar de cabeça baixa. Vou fazer os enfrentamentos necessários e estou preparado para fazer um grande mandato”, finalizou.

Geller foi detido no dia 9 de novembro em um hotel em Rondonópolis (218 km de Cuiabá), cidade em que iria participar de um evento agropecuário. De acordo com a PF, o ex-ministro teria recebido R$ 250 mil de propina para beneficiar o Grupo J&F no período em que comandou o ministério da Agricultura na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A operação batizada de 'Capitu', é um desdobramento da Lava Jato.

Ele foi solto no dia 12 de novembro após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatar o pedido de habeas corpus de sua defesa.
 
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