Acontece nesta terça-feira (11) o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para reeducandos de 37, das 55 unidades prisionais em Mato Grosso. No Estado, 1.028 pessoas privadas de liberdade irão tentar ingressar no ensino superior. Deste total, 53 são mulheres.
Leia mais:
Prefeitura contrata primeiros 100 reeducandos para trabalhar em serviços de Cuiabá; salário de R$ 954
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), entre 2015 e 2018, foram inscritos no Enem PPL 3.662 reeducandos. A coordenadora do Núcleo de Educação nas Prisões da Pasta, Fabiana Magalhães, explica que o número expressivo de reeducandos para o Enem é resultado da sensibilização dos responsáveis pedagógicos junto aos gestores das unidades.
“Os pedagogos e gestores das unidades se uniram num esforço conjunto para ampliar o alcance das atividades educacionais com as pessoas privadas de liberdade”, conta.
Até 2016, a participação no Enem servia para que o reeducando pudesse certificar a conclusão do ensino médio. Neste ano houve outra mudança e só podem participar aqueles que já tenham concluído o ensino médio.
Durante todo o ano, os professores aplicaram aulas de reforço e focaram na redação, considerada o maior desafio do exame. Na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, por exemplo, as reeducandas tiveram aulões sobre redação e dicas gerais para as provas, com apoio de professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
No total, 53 mulheres reclusas devem fazer as provas em três unidades prisionais: cadeias femininas de Nortelândia e Tangará da Serra e a penitenciária da capital.
Segundo informações da assessoria de imprensa, o Sistema Penitenciário de Mato Grosso possui salas de aula em 46 unidades prisionais e neste ano em torno de 3.400 mil recuperandos foram matriculados nos ensinos fundamental e médio.
