Líder do Governo anterior, de Pedro Taques (PSDB), em suas maiores crises, o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco retomou o comando da liderança este ano, na gestão de Mauro Mendes (DEM), e já se deparou com seu primeiro entrave: viabilizar a aprovação das medidas de austeridade encaminhadas ao Legislativo. Duas das cinco matérias passaram em primeira votação, apesar dos fortes protestos. Conforme o deputado, as articulações nos bastidores têm sido constantes.

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“Nós estamos buscando, nos bastidores, com muita conversa, com muita ajuda aprovar esses projetos. Algumas coisas, na hora da votação, nós entendemos porque já tivemos conversas antes sobre isso. Nós vamos respeitar, até porque um ou dois [deputados] já vinham se posicionando dessa forma, não poderia mudar de uma hora para outra”, disse o deputado, referindo-se ao fato de os deputados Allan Kardec (PDT) e Janaina Riva (MDB), que integram a base do Governo, terem votado contra os projetos.

Na última quarta-feira (16), foram aprovados os projetos que tratam da Revisão Geral Anual (RGA) e do novo Fundo Estadual de Transportes e Habitação (Fethab). A aprovação do novo Fethab foi unânime, mas no caso da RGA, foram 14 votos favoráveis pela aprovação e seis contrários. Os seis deputados que votaram contra a aprovação foram Wancley Carvalho (PV), Max Russi (PSB), Janaina Riva, Valdir Barranco (PT), Allan Kardec e Wilson Santos (PSDB).

“Nós estávamos trabalhando para isso, para que tivéssemos essa quantidade de votos. Nós conversamos com todos os deputados e eu falei, assim como o presidente [Botelho] também falou, que respeitamos o posicionamento individual de cada um. Mas todos têm consciência que as medidas precisam ser tomadas urgentemente, para que a gente possa no futuro equilibrar as finanças”, avaliou Dilmar.

Os projetos que tratam da Lei de Responsabilidade Fiscal do Estado, o que diz respeito à previdência e da reforma administrativa sofreram pedido de vista. O prazo de vista concedido pelo presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), é de 48 horas, mas como as sessões ordinárias só serão retomadas na próxima terça-feira (22), os projetos só devem ser colocados em votação novamente a partir deste dia.