A disputa provocada por um acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos é uma prova para as democracias da América do Sul, disse neste sábado o presidente Luiz Inácio da Silva.
A seis dias de uma cúpula extraordinária da União das Nações Sul-Americanas para debater o acordo que permitiria a instalação de militares norte-americanos em sete bases colombianas, Lula disse que a região deve enfrentar a situação com unidade e atitudes pacíficas.
"(Na cúpula) emn Bariloche, temos a grande oportunidade de mostrar que a América do Sul está construindo sua democracia e sua prosperidade e que estamos trabalhando para que reine a paz na América do Sul", disse ele em discurso na Bolívia.
O presidente boliviano, Evo Morales, que em seus tempos de sindicalista sofreu repressões comandadas em alguns casos por agentes norte-americanos, reiterou seu rechaço ao acordo entre Bogotá e Washington, chamando-o de uma "traição à libertação dos povos".
"Agora temos que defender a soberania e a dignidade de toda a América do Sul, de toda a América Latina", disse Morales.
GOLPE EM HONDURAS
Lula destacou a "revolução pacífica" liderada por Morales, ao condenar novamente o golpe de Estado de junho passado contra o governo do presidente Manuel Zelaya em Honduras.
"A revolução em curso na Bolívia reforça minha segurança que devemos rechaçar qualquer ato de força... Devemos condenar com veemência o retrocesso político en Honduras e exigir o retorno imediato e incondicional do presidente Zelaya a suas funções", disse Lula.