Uma enfermeira foi a responsável por denunciar a organização criminosa acusada de extorquir e intimidar prestadores de serviço para que fizessem a contratação de 'indicados' para ocupar cargos no Distrito Sanitário de Saúde Indígena (DSEI) Xavante, localizado em Barra do Garças (520 quilômetros de Cuiabá). Ao todo são cumpridos quatro mandados na 'Operação Blackmail', deflagrada nesta quarta-feira (06).

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As investigações tiveram início em outubro de 2018, a partir da entrega ao Ministério Público Federal (MPF) de uma denúncia formulada por uma enfermeira. A profissional havia sido contratada pelo subsistema de saúde indígena, no qual ela relatou que foi coagida a pagar propina para que permanecesse no cargo.

Como a enfermeira não realizou os pagamentos, passou a sofrer assédio moral para que pedisse demissão. Depoimentos de outros funcionários apontaram que esta não foi a primeira vez que fato semelhante ocorre.

Além disso, afirmaram que os investigados exigem a contratação de pessoas para as funções de prepostos e de empregados das prestadoras de serviço.

As investigações ainda não foram concluídas e os investigados poderão responder criminalmente por associação criminosa, concussão e extorsão, crimes previstos no Código Penal, bem como pela violação da Lei de Improbidade Administrativa.

As ordens judiciais de busca e apreensão foram cumpridas pela Polícia Federal nas cidades mato-grossenses de Pontal do Araguaia e Barra do Garças. Os mandados foram expedidos pela Subseção Judiciária de Barra do Garças.