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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Promessa é dívida

Deputados derrubam vetos de Mauro Mendes que suspendiam pagamentos de emendas impositivas

Deputados derrubam vetos de Mauro Mendes que suspendiam pagamentos de emendas impositivas
Somente dois deputados, dos 20 parlamentares presentes na sessão plenária desta terça-feira (02), votaram pela manutenção dos vetos do governador Mauro Mendes (DEM) que suspendiam o pagamento de emendas impositivas. O fato chamou atenção e fez com que o deputado Eduardo Botelho (DEM), logo após a votação, disparasse com humor: “mas quem será que fez isso?”. Com a derrubada, o Governo terá de vincular 1% da Receita Corrente Líquida (RCL) ao orçamento, o que representa cerca de R$ 180 milhões.


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O governador decidiu vetar as emendas alegando seguir uma orientação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que alertou para o estouro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) neste ano, caso o pagamento fosse efetuado.

Recentemente, em entrevista ao Olhar Direto, o governador Mauro Mendes disse que o Estado ainda deve cerca de 70% em emendas que não foram pagas pela gestão passada. Ele pediu compreensão dos parlamentares e disse que os repasses só seriam feitos conforme disponibilidade do caixa do Governo.

Botelho rebateu e disse que não iria aceitar que Mendes repita os erros do ex-governador Pedro Taques (PSDB). “Nesse primeiro ano a situação é mais complicada, mais difícil, então eu estou conversando com os deputados e eles estão entendendo que ele [o Governo] não tem condições de pagar nem 50%, vai pagar bem menos, sem problema nenhum. Mas não dá para o deputado ir lá no município dele e prometer fazer uma reforma de uma creche, reúne todo mundo e aí o dinheiro não vem. O governo manda fazer o convênio e não vai o dinheiro. Então é isso que nós não queremos. Nós queremos que a partir de agora não se brinque de fazer emenda, fazer as coisas certas”, disse.

Nenhum dos dois deputados que acataram os vetos de Mauro Mendes se manifestou.

Empréstimo de US$ 300 mi

Além da análise dos vetos às emendas, havia expectativa de os deputados votarem em 2ª a autorização para que o Governo contraia empréstimo com o Banco Mundial. No entanto, um novo pedido de vistas feito pelo deputado Wilson Santos (PSDB) adiou a votação por pelo menos 24 horas.

Na prática, o pedido de vistas do tucano traz mais aborrecimento ao Governo do que efeitos práticos. Isto porque, apesar da protelação, o texto deverá ser aprovado com folga. Mas, a oposição ainda articula alterações na matéria.

Se dizendo “patrolado” na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), após ter todas as suas emendas rejeitadas, o deputado Lúdio Cabral (PT) prometeu reapresentar as alterações em plenário. As mudanças propostas por Lúdio diminuem o valor a ser autorizado e fixam as destinações a serem dadas aos R$ 763 milhões que devem ser economizados em quatro anos com a operação de crédito.

O objetivo do Governo é contrair empréstimo de até 332,6 milhões de dólares com o Banco Mundial, com parcelamento em 20 anos, para quitar o que deve ao Bank of America. Mendes aguarda apenas o aval da Assembleia Legislativa para concretizar a transação.
 
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