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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Oposicionistas criticam ''reinado'' de Faiad e defendem unidade na OAB

Líderes oposicionistas à atual gestão da Ordem do Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT) teceram duras críticas ao "reinado" de Francisco Faiad e, em uníssono, defenderam a unidade das facções em torno de uma candidatura única, em reunião encerrada há pouco no auditório do Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público). 


Sectarismo, feudo, reino, uso político da OAB e tirania foram as principais palavras de ordem contra Faiad na reunião, que contou com a presença de José Victor Gargaglione, Paulo Zamar Taques, João Celestino Correia da Costa Neto, Lucien Pavoni, Maurício Aude, Eduardo Mahon, Enock Cavalcanti, Bruno Boaventura, os irmãos Tocantins entre outros.

Mahon, um dos coordenadores da reunião (a segunda em trinta dias), avalia que o momento é de "haver maturidade" por parte das lideranças e, como a maioria, defende a ampliação das discussões antes de "lançar nomes".

Gargaglione, o segundo a falar, destacou que a "OAB é subjetiva e atende aos interesses do 'doutor' Faiad ao invés de servir os advogados". Em tom de alerta, o procurador do Estado, que já disputou a Presidência da Ordem,  fez um alerta: a oposição não pode se dividir em hipótese alguma sob pena de sofrer novo revés nas eleições de outubro. "Não podemos repetir o que ocorreu em 2003", ressalta.

Em tom agessivo, João Celestino foi enfático: "temos que quebrar a perna do Faiad e cooptar quem está indignado com o sectarismo, com o blablablá e com o uso político da Ordem". Defendendo uma discussão antes de nomes, Celestino sustenta que a Ordem tem que ser plural e não singular, como é hoje. "Por isso não pode haver fragmentação da oposição", enfatiza.

Na avaliação de João Celestino, a OAB tem ficado de quatro diante dos interesses políticos do grupo liderado por Faiad. "Ele (Faiad) tem pregado que nós somos omissos, mas isso não é verdade. O problema é que ele se tornou um profissional em Ordem e está há 12 anos fazendo política e usando a Ordem politicamente", salienta.

Único a admitir ser pré-candidato, Paulo Taques afirmou que não estaria falando a verdade caso não admitisse essa condição de ser "candidato da oposição". Zamar Taques enfrentou Faiad na eleição passada, mas a oposição marchou fracionada e não houve empenho pleno dos grupos distintos que hoje se fizeram representar na reunião do Sintep.

"Sou pré-candidato sim, porque desde o ano passado e desde que disputei a eleição passada, me coloquei na condição de candidato da oposição. E só será nessa condição ( de ser oposição a Faiad) que eu serei candidato", discursou Taques, ressaltando, todavia, que também é um homem de grupo e que aceitará apoiar outra candidatura oposicionista.

"Mas não podemos aceitar vetos ou quaisquer restrições a qualquer nome. Temos que unir os nossos discursos, mas não podemos deixar de definir critérios e nome também. Em nenhum momento quis ou vou querer impor meu nome, mas temos que começar a construir um discurso desde já. E se existem descontentes, temos que trazê-los para o nosso lado. Uma coisa quero deixar bem claro aqui: sou oposição a Faiad e ponto e a estrutura que estou montando está à disposição de outro candidato que conseguir aglutinar a oposição", avalia Taques. 

Maurício Aude, que disse ter sentido na pele o uso político da OAB, também defendeu a unidade da oposição. "Tive um exemplo pessoal de que a Ordem está sendo usada para defender interesses pessoais e de grupos internos e não dos advogados de uma forma geral. Por isso decidi participar das discussões", asseverou Aude.

Representando o Instituto dos Jovens Advogados, Tocantins disse que Faiad não honra os compromissos assumidos com a categoria e por essa razão deve ser rechaçado nas urnas. Enock Cavalcanti, da Página do E, conseguiu arrancar aplausos da seleta platéia ao enfatizar que "todos devem se despir das vaidades pessoais e superar a questão do ego.

Eloqüente, Cavalcanti defende que a próxima reunião seja na "próprio Ordem e não em subsolos". "E não adianta falar só em unidade. Temos que começar a construir os critérios desde já, como disse o Paulo Taques", acrescentou.

Encerrando o encontro, Boaventura fez uma defesa da ampliação das discussões e das sugestões apresentadas pelas lideranças e exortou os oposicionistas a manterem um "discurso uniforme" contra Francisco Faiad. "E temos que centralizar nossas críticas nele (Faiad), porque tem muita gente boa no Conselho que merece respeito e por isso temos que convidar todos que estão revoltados com a atual situação na Ordem", emenda.
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