A Polícia Civil de Mato Grosso já localizou, apenas neste ano, cerca de 250 pessoas desaparecidas. A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) tem um setor especial para tratar do assunto, onde todos os registros de sumiço de alguém são encaminhados automaticamente.

De janeiro a junho deste ano foram registrados 238 casos de pessoas desaparecidas. No mesmo período, o setor da DHPP conseguiu localizar 179. Só em outubro, de 44 casos, 33 foram resolvidos. Esses números indicam que a maioria dos desaparecimentos foi solucionada pelo Setor de Pessoas Desaparecidas.

Um dos casos mais recentes e complexos, solucionado pelo setor, foi o de José Carlos da Silva, que procurou a polícia na tentativa de localizar a irmã que não via há exatos 46 anos.

A equipe da Polícia Civil de Cuiabá entrou em contato com a polícia de São Paulo e com o cartório do município de Santo André, também no estado de São Paulo, pois havia pistas de que ela poderia estar morando em uma dessas cidades.

Com algumas informações repassadas pela família de José Carlos, a sua irmã Maria Aparecida Silva dos Passos, de 48 anos, foi encontrada. Os investigadores do Setor de Desaparecidos descobriram que Maria Aparecida se encontra fazendo doutorado na Itália.

Os motivos, que segundo a DHPP, mais levam uma pessoa a desaparecer são váriados. No primeiro semestre deste ano, as principais causas foram o uso de drogas, ficando em primeiro lugar com 62 casos, seguido do alcoolismo com 50 registros. Briga familiar vem em terceiro lugar, com 35 ocorrências. Outros 28 casos foram registrados em consequência do desaparecimento de quem tem problemas de saúde. Com 15 boletins de ocorrência, vem a falha de comunicação e 26 registros ficam com os outros casos.
 
As informações são da PJC.