Está acontecendo no plenarinho da Câmara Municipal de Cuiabá, a audiência pública para ouvir os policiais militares que prenderam o vereador Ralf Leite (PRTB). O vereador foi preso na madrugada da sexta-feira (6), em Várzea Grande, na companhia de um travesti, de 17 anos. Ao sair do Centro Integrado de Cidadania e Segurança-CISC, do Parque do Lago, para onde foi levado, o vereador acusou os policiais de tentarem extorqui-lo para não levar o caso adiante. Cinco policiais serão ouvidos. Dois que prenderam o vereador e três que estavam no Quarto Batalhão, em Várzea Grande.
A Comissão de Ética da Câmara, formada pelos vereadores Everton Pop ( presidente), Domingos Sávio ( vice) e Adevair Cabral (membro) está ouvindo os PM’s. É a primeira vez que a comissão se reúne com os três membros juntos. Até hoje, apenas Everton Pop e Domingos Sávio acompanharam diretamente o casso. Também participa da audiência o presidente da Câmara, Deucimar Silva.
Os policiais chegaram à Câmara, acompanhados do comandante geral da corporação, tenente coronel Benedito de Campos Filho, além outros militares do alto comando da PM. Quatro advogados contratados pelo vereador também farão perguntas aos policiais. O fato vem despertando a atenção e a curiosidade da população. Tanto assim é que o plenarinho da Câmara ficou praticamente lotado. Boa parte das cadeiras foi ocupada por cerca de 50 policiais militares que lá foram prestar solidariedade aos colegas.
Na semana passada, Ralf Leite renunciou à segunda vice-presidência da Mesa Diretora da Câmara e pediu afastamento por 90 dias para tratamento de saúde. A recomendação, assinada pelo psicólogo Aristides Soares de Campos Filho, foi contestada por alguns vereadores, que exigiam um atestado assinado por um médico, ou que Ralf Leite fosse submetido a uma perícia por médicos do INSS.
Ralf viajou na sexta-feira (13) para fazer exames no Hospital Sarah Kubitschek, onde faz tratamento de uma trombose no joelho. Segundo um de seus advogados, um laudo assinado por um médico do hospital brasiliense já foi entregue à Câmara. O presidente do Legislativo, Deucimar Silva, no entanto, disse desconhecer a existência desse laudo.
