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Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Agronegócios

Preços das principais comoditties agrícolas voltam a se elevar

Todas as oito principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no mercado internacional encerraram janeiro com preços médios superiores aos de dezembro - o que não era visto desde junho de 2008, em plena inflação global dos alimentos. Com o aprofundamento da crise em setembro, as cotações registraram forte queda até o fim do ano passado. 


Especialistas já alertavam que as relações de oferta e demanda não justificavam tamanha desvalorização, apesar da tendência de desaceleração econômica. A alta dos grãos negociados em Chicago explica-se pelas quedas de produção na América do Sul por causa da seca, em especial na Argentina, e pelo aquecimento da demanda em mercados importantes, como a China.

Nesse cenário, as cotações da soja foram as que mais subiram. Segundo pesquisa do Valor Data, o preço médio de janeiro atingiu US$ 9,9745 por bushel (um bushel do grão corresponde a 27,2 quilos), 14,29% acima da média de dezembro. A valorização do trigo, por sua vez, chegou a 9,49% na mesma comparação, e o bushel (cada bushel do cereal também equivale a 27,2 quilos) foi negociado, em média, por US$ 6,0168. 

O preço médio do milho subiu 7,11%, para US$ 4,0179 por bushel (já cada bushel do milho equivale a 25,2 quilos). Segundo especialistas, se depender apenas dos fundamentos econômicos, as cotações dos grãos poderão se estabilizar nesses patamares. Pelo critério dos preços médios, soja e milho estavam em baixa em Chicago desde julho de 2008; o trigo, desde agosto.

Não foram razões muito diferentes as que definiram as cotações das outras commodities - café, açúcar, suco de laranja, algodão e cacau - em Nova York em janeiro. Os fundamentos prevaleceram também para esses produtos. "Se fizermos uma análise do mercado, nada efetivamente mudou. O mercado de crédito continua limitado, sem fluir como deveria. A volatilidade também se manteve em janeiro e o dólar ficou mais firme, o que ajuda a pressionar as cotações", disse Rodrigo Costa, da Newedge.

No entanto, os preços desses produtos fecharam firmes em janeiro. Para o açúcar, os preços refletem o primeiro déficit global depois de três anos de superávit. A média do mês foi 6,41% acima da de dezembro. A menor colheita de café no Brasil em 2009 fez com que os preços subissem 7,22% em janeiro.


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