O governo cubano anunciou que não deve estender o serviço de internet aos cidadãos, como fez em 2008 com a telefonia celular --mas "não descarta a possibilidade" informou a imprensa oficial.
Em entrevista ao jornal "Juventud Rebelde", o vice-ministro de Comunicações, Boris Moreno, afirmou que a possibilidade de permitir o acesso à internet a cada indivíduo "não se descarta, embora seja algo sobre o qual atualmente não exista uma medida tomada."
Cuba precisaria "ter garantias, primeiro do ponto de vista técnico e econômico, de que é possível respaldar esse serviço, como fizemos com a telefonia celular", explicou.
No final de março do ano passado, o governo da ilha autorizou que os cubanos pudessem ativar linhas de telefonia celular, até então só permitido a estrangeiros, companhias e instituições do Estado.
O governo cubano ressaltou que o acesso dos indivíduos à internet foi restringido devido às medidas do embargo que os Estados Unidos mantêm contra a ilha, que limitam as condições e qualidade da conexão.
A política oficial foi a de "privilegiar os acessos coletivos" em universidades, centro científicos, culturais, entre outros.
Sobre o projeto de cabo de fibra óptica que ligará Cuba com a Venezuela para facilitar o acesso da ilha à rede, o vice-ministro disse que não será a "solução mágica". O cabo deve operar a partir de 2010.