A Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá intimou o vereador afastado, Ralf Leite, a apresentar em 15 dias, um laudo médico comprovando seu real estado de saúde. Caso o vereador não faça isso, ele será considerado faltoso e encaminhado ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para que seja feita uma perícia médica. Este prazo está correndo desde segunda-feira, dia 9.

Na segunda feira (9), Ralf pediu afastamento por 90 dias para tratamento de saúde.  Ao invés de apresentar um laudo médico, o vereador entregou à Mesa Diretora, para justificar seu pedido de afastamento, "uma recomendação", assinada pelo psicólogo Aristides Soares Campos Filho, do Centro de Reabilitação Dom Aquino Côrrea. Esse laudo, ou recomendação, foi contestado por alguns vereadores inconformados com a decisão da Mesa Diretora em aceitá-lo e  aprovar o afastamento. Além do parlamentar continuar  recebendo seu salário. A Mesa cortou somente a verba indenizatória, no valor de R$ 9,2 mil, que é reapassada a cada vereador.

Caso o vereador não entregue, sofrerá punições. O valor de R$1,1 mil será descontado do salário a cada sessão que Ralf não comparecer.

Caso

  Hoje, o presidente da Câmara, Deucimar Silva, reconheceu que  a recomendação foi entendida como atestado médico, o que não daria direito ao afastamento do vereador, mantendo seu salário.  Deucimar tentou justificar o erro dizendo que isso ocorreu "devido ao calor dos acontecimentos".

O pai do vereador e presidente licenciado do PRTB, coronel Edson Leite, informou que seu filho viajará hoje à Brasilia para fazer exames e fisioterapia no Hospital Sarah Kubitschek. No entanto, informações extra-oficiais, que correm dentro da Câmara, dão conta que Ralf viajará para a capital federal para fazer tratamento numa clínica psiquiátrica. 

Leia também:

Ralf fará tratamento médico em Brasília