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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Operação Narted

20% das CNHs emitidas em MT foram emitidas por meio de fraude ideológica, revela Delegacia Fazendária

Foto: Patrícia Neves/ OD

20% das CNHs emitidas em MT foram emitidas por meio de fraude ideológica, revela Delegacia Fazendária
Pelo menos 20% do total de Carteiras Nacionais  de Habilitação (CNH) emitidas pelo Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) nos últimos dois anos foram produzidas mediante fraude ideológica. A informação é do delegado Carlos Cunha, titular da Delegacia Especializada em Combate a Fraudes na Administração Pública (DEFAZ) e tem como base o depoimento de um,  dos nove presos durante operação Narted – que investiga a fraudes na emissão de documentos. Inicialmente, um ex-servidor do órgão e um funcionário de carreira foram detidos, além de haver investigação do envolvimento de pelo menos mais cinco servidores do órgão, sendo que um deles é concursado.


Dos nove presos até o momento na ação, dois são instrutores de autoescolas e dois donos dessas empresas. Os demais são servidores e ex-servidores do Detran-MT e três são pessoas que se beneficiaram do esquema. 

Cunha explicou que a investigação é um desdobramento em decorrência de uma operação realizada no fim de 2013 e que contou com a emissão de mais de cem mandados de busca, de apreensão de documentos e de prisões.

Nessa investigação, a Polícia ainda não quantificou o montante que teria sido adquirido no esquema, mas o delegado Cunha aponta que o principal articular do esquema apresentou um ganho incompatível a seus rendimentos. Apesar de ter se desligado do Detran em junho desse ano, com o término do seu contrato, ele conseguiu adquirir um apartamento com três quartos, além de ter comprado três carros novos e de ter realizado inúmeras viagens para o exterior.

“Isso tudo ganhando no total de R$ 1,5 mil”, observou. O próximo passo da investigação é quanto a solicitação de busca e apreensão de bens que foram adquiridos por meio da fraude.

Responsável pelas investigações, a delegada Alexandra Fachone explicou que o esquema contava com modalidades distintas de fraudes. Por exemplo, uma pessoa que não conseguia passar nos exames teóricos ou práticos pagava cerca de R$ 800 pelo documento. Já quem não tinha condições para realizar os exames pagava uma quantia superior, de R$ 3 mil. Dentre os presos pela delegacia fazendária estão três pessoas que se beneficiaram do esquema.

O corregedor setorial do Detran, Silvio Rezende, afirmou que o órgão é parceiro da unidade policial e vem atuando no combate e na fiscalização de servidores e também de auto-escolas. Os nomes das empresas que ‘indicavam’ clientes para o esquema não foram divulgados.

Atualizada e corrigida às 20h51
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