Segundo a Veja, o doleiro Youssef delatou que os petistas sabiam da corrupção na Petrobras
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, classificou como “extremamente grave” a denúncia publicada pela revista Veja nesta sexta-feira (24) de que a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), e o ex-presidente Lula sabiam do escândalo da corrupção na Petrobras.
A atual edição da Veja trouxe um novo depoimento do doleiro Alberto Youssef, que, desde o fim de setembro, dá informações à Polícia Federal e ao Ministério Público para ser beneficiado pelo acordo da delação premiada.
— O Youssef disse que Dilma e Lula sabiam do esquema. A delação premiada, a gente sabe, que só traz benefícios para quem a faz se vier acompanhada de informações ou comprovações a partir daquela denúncia. É algo extremamente grave, nós já vínhamos denunciando há muito tempo esses supostos desvios na Petrobras e agora tudo isso culmina na informação prestada pelo Youssef.
Aécio Neves disse ainda que o PSDB vai cobrar rigor e agilidade nas investigações sobre o suposto envolvimento de Dilma e Lula no escândalo.
— Determinei que hoje o PSDB ingressasse na Procuradoria-Geral da República pedindo que essas investigações sejam aprofundadas em razão à sua gravidade. Chamando atenção ainda para uma parte do depoimento do Youseff, que diz que um dos coordenadores da campanha do PT solicitava que fosse trazido de volta ao Brasil 20 milhões de dólares para a atual campanha eleitoral. Se comprovado isso, é a confirmação que houve operação de caixa dois na atual campanha eleitoral do PT. É algo extremamente grave, que tem que ser confirmado, mas é preciso que seja apurado.
Resposta de Dilma
A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, afirmou nesta sexta-feira que as novas denúncias de corrupção na Petrobras, divulgadas pela revista Veja, são “criminosas” e correspondem a um “ato de terrorismo eleitoral”. Para a presidente, que prometeu levar o caso à Justiça, a publicação não tem provas das acusações e "excedeu todos os limites da decência".
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