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Sábado, 20 de abril de 2024

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Aécio critica Dilma por comparar delação a 'pressão' sofrida na ditadura

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) criticou a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira (29) após ela comprar o processo de delação premiada ao que ele chamou de "pressão" sofrida por ela durante a ditadura militar no país (1964-1985).


Dilma está nos Estados Unidos para visita oficial e chegou ao país no último sábado (27). Nesta segunda, após participar de encontro com empresários, em Nova York, a presidente falou à imprensa e comentou o suposto conteúdo da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, investigado e preso na Operação Lava Jato.
Na edição deste fim de semana, a revista "Veja" listou os nomes de 18 políticos que teriam sido beneficiados por dinheiro oriundo do esquema de corrupção que atuou na Petrobras. A petista, ao comentar a reportagem, então, argumentou que não respeita delatores porque foi presa política durante o regime militar.

"Eu não respeito um delator, até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é. Tentaram me transformar em delatora, a ditadura fazia isso com as pessoas. Eu garanto para vocês: eu resisti bravamente e até em alguns momentos fui mal interpretada quando disse que, em tortura, a gente tem de resistir porque, senão, você entrega. Não respeito nenhum, nenhuma fala", disse a presidente a repórteres em Nova York.

"A presidente chega ao acinte de comparar uma delação feita, dentro das regras de uma sistema democrático, para denunciar criminosos que assaltaram os cofres públicos e os recursos pertencentes, com a pressão que ela sofreu durante a ditadura para delatar seus companheiros de luta pela democracia", comentou nesta segunda o senador Aécio Neves.

Doações
Durante a entrevista nos Estados Unidos, Dilma citou ainda que a UTC, empresa investigada na Operação Lava Jato, também fez doações para a campanha de Aécio Neves ao Palácio do Planalto no ano passado. Ao comentar as declarações da petista, o senador tucano citou as denúncias relacionadas ao esquema investigado.
"É preciso que alguém lhe informe [à presidente] rapidamente que o objeto das investigações da Polícia Federal, do MPF [Ministério Público Federal] e da Justiça não são doações legais feitas de forma oficial por várias empresas a várias candidaturas, inclusive a minha, mas sem qualquer contrapartida que não fosse a alforria desses empresários em relação ao esquema de extorsão que o seu  partido institucionalizou no Brasil", disse o parlamentar.

"O que se investiga - e sobre o que a presidente deve responder - são as denúncias feitas em delação premiada pelo Sr. Ricardo Pessoa  que registram que o tesoureiro da sua campanha e  atual Ministro de Estado Edinho Silva teria de forma 'elegante' vinculado a continuidade de seus contratos na Petrobras à efetivação de doações à campanha presidencial da candidata do PT", completou.

No último sábado, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, convocou entrevista coletiva em Brasília na qual negou irregularidades na arrecadação de doações para a campanha da presidente Dilma no ano passado e criticou o que chamou "vazamento seletivo" da delação de Ricardo Pessoa.
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