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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Casa levada pela cheia do Araguari é achada 5 dias depois

Casa levada pela cheia do Araguari é achada 5 dias depois
A casa arrastada no dia 7 de maio, durante a enchente que atingiu Ferreira Gomes, a 137 quilômetros de Macapá, foi encontrada nesta terça-feira (12) no rio Araguari, numa região distante cerca de uma hora da sede do município. Um vídeo foi feito pelo morador Neuberto Dantas e foi compartilhado em uma rede social.

O morador, o mesmo que filmou o momento em que a casa foi levada pela força das águas, contou ao G1que viu a estrutura da casa na terça enquanto entregava doações para famílias vítimas das cheias. 

Segundo ele, o imóvel desabitado há alguns anos ficava próximo à ponte que corta o município, em uma área conhecida como “Ilha do Amor”.

A enchente na cidade teria acontecido após a hidrelétrica Cachoeira Caldeirão ter liberado um volume excessivo de água no rio em função das fortes chuvas.

A Defesa Civil Estadual e a prefeitura do município informaram que 1,4 mil pessoas foram atingidas, e o nível do rio chegou a 5,5 metros, 2,3 metros acima do normal. A cidade ficou emsituação de emergência. Até esta segunda-feira (11), 31 famílias permaneciam desabrigadas e estavam em duas escolas da cidade.

Uma das hidrelétricas da região, a Ferreira Gomes Energia, responsável pelo empreendimento de mesmo nome no rio Araguari, disse que a enchente foi provocada pela Cachoeira Caldeirão, hidrelétrica que está sendo construída pela EDP na região.

Segundo a empresa, um volume de água do rio foi liberado sem que houvesse aviso às demais hidrelétricas instaladas no Araguari: a Ferreira Gomes Energia e a Coaracy Nunes.

A EDP disse que comunicou às empresas a abertura de uma ensecadeira (estrutura de proteção em construções submersas, que ajuda a conter a água). Como a obra da Cachoeira Caldeirão fica num ponto mais alto do rio e as outras hidrelétricas não abriram as suas próprias estruturas, o nível próximo à cidade de Ferreira Gomes subiu e transbordou.

Por causa da enchente, a EDP teve a licença ambiental suspensa na sexta-feira pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). A obra está parada, e as causas da cheia serão investigadas.
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