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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Com empréstimo para o BNDES, dívida pública sobe 3,8% em junho

A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, cresceu 3,8% em junho, para R$ 2,2 trilhões, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (24) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em maio, o endividamento público estava em R$ 2,12 trilhões.


No último mês houve emissão líquida (volume de títulos emitidos superior ao de resgates) no valor de R$ 64,25 bilhões na dívida pública federal. Deste valor, R$ 30 bilhões foram emitidos em forma de empréstimo para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Também foi contabilizada despesa com juros no valor de R$ 16,5 bilhões – impactando para cima o endividamento público.

Empréstimos para o BNDES

Nos últimos anos, o governo já emprestou mais de R$ 300 bilhões para o BNDES, elevando a dívida pública neste valor. Em 2009, o Tesouro Nacional emitiu R$ 100 bilhões para o BNDES; R$ 80 bilhões foram emitidos em 2010; R$ 45 bilhões, em 2011 e R$ 55 bilhões, em 2012. No ano passado, houve a emissão de R$ 39 bilhões para o banco público. Os recursos são utilizados para realizar empréstimos para o setor produtivo da economia brasileira.
Programação para a dívida em 2014

De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida pública pode chegar ao patamar máximo de R$ 2,32 trilhões no fim deste ano – R$ 198 bilhões a mais do que no fechamento de 2013.

O Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública, feito pelo Tesouro Nacional, também estabelece um piso de R$ 2,17 trilhões para o débito público no fim deste ano, o que representaria uma alta de R$ 48 bilhões em comparação com dezembro do ano passado.

Em 2014, os vencimentos de títulos públicos previstos somam R$ 544 bilhões, ao mesmo tempo em que os encargos da dívida pública totalizam R$ 54 bilhões. O governo prevê, entretanto, o uso de R$ 121,8 bilhões em recursos orçamentários para pagar os vencimentos neste ano.

Perfil da dívida
Os números do governo federal, calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial", mostram que o estoque de títulos prefixados (papéis que têm a correção determinada no momento do leilão) somou R$ 883 bilhões em junho, ou 41,8% do total, contra R$ 828 bilhões, ou 40,8% do total, em maio.

Os títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados), por sua vez, tiveram sua participação marginalmente elevada em maio. No fim do mês passado, estes títulos públicos representavam 10,5% do estoque total da dívida interna, ou R$ 222 bilhões, contra 10,24% do total (R$ 207 bilhões) em maio.

A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 37,69% em junho deste ano, ou R$ 795 bilhões, contra 38,3% do total em maio de 2014 – o equivalente a R$ 778 bilhões.

Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 9,91% do total (R$ 209 bilhões) em junho, contra R$ 214 bilhões, ou 10,57% do total, em maio deste ano. O aumento da dívida atrelada ao dólar se deve à emissão de contratos de swap cambial – que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro.
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